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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

sábado, 7 de março de 2020

Dia da Mulher, "Mas" em 2020

Dia da Mulher, "Mas" em 2020

     Estamos em 2020, e este detalhe não pode ser ignorado.
     Antes de começar a escrever sobre o Dia da Mulher, é preciso dizer que, hoje em dia, ser mulher é uma opção heterossexual cuja escolha é livre.
     Para as mulheres saudosistas, me perdoem os demais, mas hoje o texto é dirigido àquelas que biologicamente e psicologicamente são mulheres, grupo no qual me incluo.
     Saudosistas por que, os leitores perguntariam, e aqui está a resposta: nos anos 70 e 80 surgiu a discussão que todo ser humano haveria de ter um lado masculino e outro feminino e as críticas sociais diziam que haviam mulheres cujo lado masculino era homossexual. E brincando, respondia-se: _ Nem todas, meu bem.
     Na minha cidade, Curitiba, irá haver uma manifestação contra à violência contra a mulher. Penso que nenhum ser humano pode enfrentar a violência por conta e risco, porque o risco da violência existe, e não há que se culpar exclusivamente o homem, mas o ser humano violento, que pode ser de qualquer gênero.
     Pessoalmente tive que resolver um problema de furto em ônibus, e digo que furto em ônibus é uma violência e atinge fortemente a autoconfiança. Em resumo, resolvi o problema, mas e os pertences? Economizei e tive que repor.
      Outro problema que a sociedade enfrenta, e especialmente a mulher,é a supervalorização de suas habilidades, no que tange à inteligência e a articulação social, esquecendo-se que,  como mulher, a cada gestação, ela toma a decisão de cuidar e amar uma criança com todas as responsabilidades que essa decisão acarreta.
     A mulher, que tinha o tempo escasso, hoje é rapidamente influenciada pela internet, e, às vezes, dorme enquanto observa as redes sociais, tornando a rede social um escape para a escassez do tempo, e agindo assim, os problemas aumentam, as conversas dentro de casa diminuem, os desentendimentos acham a oportunidade para que um ladrão chegue.
     Penso, e aí, influenciada pela igreja, porque também tenho as minhas redes sociais, que a mulher precisa pacificar a vida pessoal, e a pacificação da vida pessoal nem sempre inclui a palavra marido. Estabelecer um relacionamento cordial dentro de casa, com seriedade e respeito entre os membros da família que a rodeia, é sob esse ponto de vista, o primeiro passo para combater a violência como um todo.
     Respeitar a opção pessoal das outras mulheres é essencial. Respeita-se as outras mulheres e segue-se o caminho que acredita-se ser o melhor.
     Aqui cabe uma opção pacificada dentro de um ambiente social, minha, que foi a conversão para outra denominação católica, a batista. Essa conversão foi negociada, conversada, acompanhada por todo um ambiente social, e no dia das águas, meu irmão filmou o batismo, que tem significado diferente da denominação romana, pois não salva ninguém, mas passamos a integrar a essa denominação.
     Foram três meses de conversas intensas com todos ao redor e, afinal, veio o consenso e todos ficaram bem com essa decisão. A isso chamo responsabilidade.
     A seriedade está no fato de que tudo foi levado à sério e em todas as conversas.
     Temos aqui uma resolução pacificada.
     Tomam-se decisões diariamente, e com a correria do dia a dia, não se pacificam essas decisões antecipadamente. Esse fato é algo que todos devem ter em mente, e a frase decorada, não é muito bonita:
     "Não se vomita uma decisão como se fosse um peixe estragado e mal digerido, ao qual o organismo reage e põe para fora sob a forma de vômito. Isso não resolve problema nenhum, ao contrário, intoxica o ambiente todo."
     O combate à violência contra a mulher começa também pela mulher, mas não se pode dizer que não existem pessoas violentas e que essas pessoas precisam de atitudes mais enérgicas por parte de quem tem essa função na sociedade.
     Na medida do possível: Feliz Dia da Mulher.        

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