Serenidade
Vi
mais espumas que as ondas do mar,
Mormaço
ao sol que fervia um mar de sal;
Ardia-me
o rosto e enrugava o sonhar,
Feição
encrespada a nenhum só areal.
Poema
salgado seria a velejar
Sem
vento e à calma e atenciosa e normal.
Dessalguei
d’alma o saber-se salgar;
Desconhecia-me
a tal brisa de sal.
E,
pela sorte, não vi bacalhau,
Nem
tubarão e nem puçá, nem pescar,
Ou,
algum cação. Vim a terra alcançar
O
seu porquê, nesse quê contextual,
Algo
suave de leve embalar;
Serenidade
do tempo a ondular.
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