Soneto Amargo
Sete vezes não faz uma semana,
Disse a carta na mesa sem mais nada;
Esse sete fingiu feito à cigana,
E previu toda sorte serenada.
O que a sorte diz, quase sempre engana,
É impossível que a sorte seja dada
Sem que seja buscada ao que se irmana,
E, o sentido, é querê-la bem pensada.
Toda sorte, se doada, é o que profana;
A esperança é a vontade apaziguada
Com carinho, não há vela sem ventana.
Impedida é essa luz quando apagada,
Se a certeza também é traquitana,
O destino é pensar na sorte dada.
Um comentário:
A sorte não é um prêmio que se doa pelo nada
Na verdade os nossos desejos fazem parte de uma bela conquista
Um poema sensacional
Uma boa semana para você
Beijos
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