O Que Acontece / Crônica de Supermercado
Por circunstâncias diversas, hoje fui a outro supermercado, comprar pães, como usualmente.
Estava para ser atendida pela balconista, quando duas funcionárias chegaram ali apavoradas. Pediram para a balconista para ajudá-las, pois estavam algumas pessoas dentro do supermercado consumindo alimentos. Elas chamaram atenção das pessoas, mas de nada adiantou. Ao contrário, foram expulsas do corredor onde essas pessoas estavam.
Pasmem: elas precisavam avisar a gerência para chamar os seguranças, mas elas mesmas precisavam ficar em local seguro para chamar o segurança. Dentro do supermercado.
Comprei os pães e me dirigi à frente dos corredores para procurar um caixa mais ou menos vazio.
Foi um alívio ouvir ao microfone do som ambiente a gerência chamando os seguranças.
Um supermercado de bairro de classe média.
Pelo jeito das duas moças, a situação não foi fácil para elas.
Eu tinha alimentos comigo e também fiquei com receio.
Agora, depois de voltar para casa, percebi que não sei lidar com essas situações. É uma sensação esquisita saber que alguns vândalos estão dentro do supermercado e em algum corredor que não se pode imaginar, são vários os corredores com alimentos.
Igual a ontem, saí do lugar sem saber como foi que a história terminou.
Diferente de ontem, porém, quando eu refleti sobre a agressividade implícita de certos diálogos, os que não gostamos sequer de saber, hoje, eu fiquei sem saber como agir com as minhas compras.
Entre a saída da panificadora e o corredor da frente, um homem mais baixo que eu, claro, com olhos claros, cheio de músculos, que não era segurança do supermercado e me disse boa tarde. Sem me lembrar de ninguém com essas características e, estando num ambiente hostil, disse boa tarde e corri para o corredor da frente. Achei que o tal homem pudesse ser um dos vândalos.
Realmente, dessa vez, fiquei atoleimada.
Os dias de hoje estão complicados, mas é bom narrar essas histórias com todos os detalhes presenciados.
2 comentários:
Pois então, Yayá... ficamos presos sob tais ameaças que nunca sabemos bem como terminarão...
Abraço.
Pois, entendo.
Chegar ao aeroporto de Lisboa e ver tanta policia armada ate aos dentes quando os atentador foram em Franca e a Belgica em estado de sitio...
Nem fui ao futebol, mas acho que a informacao mais que informar, aumenta a tensao.
Beijo.
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