Testes de Autoconhecimento / Filosofando
Essa é do tempo da revista Ego. Para quem não sabe, foi uma proposta editorial com conteúdo de psicologia aplicada ao dia a dia das pessoas.
Aqueles que se achavam “encucados”, com questões existenciais, na maioria jovem pós-geração Beatles, compravam. Era uma revista que tinha algo de “Cult Magazine”. Eram as questões da época, pois os mais adultos tinham aprontado todas as artes e precisávamos ter estilo.
Estilo ou não, eu lia a tal revista completamente monitorada pela minha mãe, pronta para responder sobre todos os assuntos da revista.
Passaram-se alguns anos e houve uma maratona de recursos humanos com testes psicológicos e de autoconhecimento.
Não pensei duas vezes e fui verificar se o que eu havia concluído de mim mesma iria se enquadrar naqueles testes.
Naquela maratona foi que eu soube que existem três condutas existenciais, a saber, em primeiro aqueles que gostam do poder, em segundo aqueles que são voltados para a autorrealização pessoal e em terceiro aqueles que são voltados para a afetividade.
Quando eu digo que eu gosto de gente, é porque tenho um certificado.
Naquele curso, também se tomou conhecimento dos conflitos surgidos das características pessoais de cada grupo.
É até bom poder dizer, quem sabe alguém não saiba. As pessoas voltadas para a afetividade e as pessoas voltadas para o poder têm todas as qualidades para entrarem em conflitos e discussões. A ponderação é feita pelas pessoas voltadas à autorrealização.
São características independentes do coeficiente de inteligência, o chamado QI.
Há subdivisões e subtipos como em toda área relativa do conhecimento. Alguns ficam entre as linhas do poder e da autorrealização, outros ficam no limiar da afetividade e da autorrealização, mas existem aqueles que têm uma característica predominante.
Daquele tempo para os dias de hoje o mundo mudou completamente, mas o ser humano, não mudou.
O que mudou foi o potencial daquelas pessoas voltadas ao poder interferir na vida daqueles que não tem a menor preocupação com o poder.
Por outro lado, no reverso da moeda, as pessoas voltadas para a afetividade não convencem sobre a importância do significado intrínseco do seu ponto de vista perante a sociedade.
É bom se conhecer, saber dos seus pontos fortes e fracos, pois todos têm.
A própria psicologia parece não investir mais em matérias simples e científicas que levem o autoconhecimento. Vemos muitas receitas nos livros de autoajuda, mas são receitas prontas quando o ser humano não se transforma em produto pronto e acabado.
Eu prefiro livros de autoconhecimento aos livros de autoajuda.
É bom saber que se vai entrar em conflito com outros estilos de pensar e agir gera uma autodefesa importante para os indivíduos.
Dentre as diferenças características de cada um aí sim, pode-se estabelecer regras de respeito e bom comportamento para uma sociedade tão conturbada como a que vivemos.
O fenômeno é universal, todos conflitam muito, mas não se conhecem e nem conhecem os porquês das suas atitudes.
Paro para pensar um pouco mais sobre as carências do conhecimento universal.
2 comentários:
Realmente, é preciso que nos conheçamos, para identificarmos a razão de nossos comportamentos. Gostei de sua postagem. Bjs.
Ótimo artigo, Yayá. Filosofou bem.
Penso que os livros de autoajuda atraem leitores que buscam apoio, incentivo, conselhos ou ajuda para a solução de seus problemas, fraquezas, etc. Já os livros de autoconhecimento levam as pessoas a voltarem para si próprio, na busca de se conhecerem melhor, seja através da reflexão, meditação e interpretação de si mesmas. Acho extremamente importante o autoconhecimento, pois somente a partir dele estaremos aptos a crescer e a evoluir. Interessante a tese das três condutas existenciais.
Feliz semana.
Beijo.
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