Faixa na Praça
Eram três. Chegaram à praça. Da mochila, tiraram uma faixa amarela e preta, parecia ser de borracha.
Amarraram a faixa de borracha em duas estacas com menos de um metro de altura distantes em vários passos o começo do final.
O primeiro homem subiu e andou na corda bamba para se certificar que as amarrações estavam firmes.
As amarrações foram ajustadas e a faixa estava firme.
Andaram um de cada vez, do fictício começo até o final, a meio metro de altura.
Depois o outro e o seguinte. Cada um deles admirava a execução do equilíbrio do outro.
Não eram jovens, eram maduros com fios de cabelos brancos visíveis, mesmo à distância.
Admirei-os de longe, não seria eu a tirar a concentração daqueles homens naquela praça.
Foi a primeira vez que presenciei equilibristas em treinamento. Não sei de onde vieram e nem para onde foram.
Sei que foi admirável de se ver.
8 / 8
Para que serve a corda bamba?
Fico a pensar na minha infância,
Circo e algodão e pipoca e samba,
Quando o que via, sorria à constância.
Lado de esquina e da caçamba,
Praça em que brinca a circunstância,
Rua ao passeio de cravo e gamba,
Lúdico dia em que vi à distância.
2 comentários:
Por vezes somos brindados por estes exercícios que são sempre bons de se verem.
Outras vezes caminhamos distraídos e nem vemos onde colocamos os pés...
Também fiquei a pensar nos comediantes amadores que vi na minha infância, quando o que via nada tem a ver com os recentes equilibristas de Circo, bem profissionais agora!
Na verdade as emoções são bem diferentes.
Passe um excelente Domingo, Yayá.
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