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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

domingo, 11 de março de 2012

Causo Estranho – de arrepiar os cabelos

Causo Estranho

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Tubão para ela era uma garrafa de dois litros de refrigerante de groselha com uma dose de cachaça, para mim, um vestido justo e reto, com uma fenda ao lado. Eu nunca experimentei o tubão dela e ela não experimentou o meu tubinho cor de uva.

Onde ela trabalhava, eu era amiga do dono, não existem amizades onde moram os negócios. Mas, nos respeitávamos e fazíamos o bom relacionamento.

Mas parecia que havia um feitiço, tudo o que acontecia na vida dela, acontecia na minha. Ela, assaltada no ônibus, eu na esquina pela vidraça do automóvel. Ela se divertia do jeito dela, barzinho, e eu do meu, ia ao cinema. Trocávamos ideias superficiais e interessantes.

Houve um problema desagradável com um familiar dela. Puxa vida! Houve um problema desagradável com um familiar meu. Nós duas tristes pelo mesmo motivo e pelo mesmo grau de parentesco.

Quando ela me disse que estava doente, eu corri para o médico. Por sorte, evitei o tumor. Benigno, o meu e o dela.

As coincidências foram tantas e tão severas que eu decidi por fim a elas. Como? Afastando-me dela. Éramos boas colegas, mas o inferno parecia querer nos unir de uma forma terrivelmente triste.

Nunca mais soube dela, mas jamais a esquecerei. Seria um eufemismo dizer que eu vi nela um anjo, um anjo que tomava tubão aos finais de semana, mas eu jamais vi criatura tão inocente apesar de todos os contrassensos indicados nas nossas conversas.

Se eu tenho uma vontade, é saber desses mistérios. Mas o contato foi perdido, melhor assim para nós duas e para as nossas coincidências ruins. Obviamente que se fossem coincidências boas, eu não cortaria. Foram passagens tristes e idênticas.

Outro dia me perguntaram sobre um objeto dela, que ainda estava comigo. Eu contei a história por cima, para não impressionar a interlocutora.

Percebi que o período havia sido difícil e joguei fora o tal objeto, um chaveiro velho.

_Você vai jogar o objeto por que eu vi?

Que engano na pergunta; joguei o chaveiro fora como forma de libertar-me do sofrimento. Fiz uma prece por ela... Não, não estou pregando e não sou missionária. É que os fatos eram de arrepiar. Pensando melhor, vou deixar para trás. E se as coincidências retornam? Cruz credo! Deixa assim mesmo, que esse espelho era mau e é melhor que tenha se quebrado.

10 comentários:

Carmen Silza disse...

Gracias Yayá..te mando un abrazo de osa, que tengas una linda semana..

chica disse...

Casos que acontecem e arrepiam...beijos,linda semana!chica

Marina-Emer disse...

CON MI GRAN CARIÑO TE DESEO FELIZ SEMANA ...DESDE LEJOS UN ABRAZO Y BESOSSSSSSSSSSSSSS
Marina

Evanir disse...

Querida Amiga.
Venho desejar uma linda semana beijos no coração.
Evanir..

Ivone disse...

Muito bom esse texto, pois creia há sim casos que nos faz pensar e esse é um deles.
Há em nossas mentes uma coisa que se chama atração, cria-se, pois quando acontece coisa ruim e logo a pessoa diz que vai acontecer novamente aí acontece. Nem dá mesmo para explicar!
Abraços amiga Yayá, boa semana!
Ivone

Clau disse...

Adoro seu blog amiga... Já estava com saudades de vc!

Bjos e feliz dia!!!

Anônimo disse...

.

Tem coisas que a gente não perde, se livra....rs.

Adorei o conto...

Beijo

JOPZ_B1B disse...

kURTI!

Elisa T. Campos disse...

Causo estranho mesmo.
Raro. Coincidências demais, fez bem sair delas.

Bjs

soninha disse...

Gostei do que li! Tens talento,amiga.Vai em frente...
beijinhos de luz...