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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Mecanicismo / Reflexão

      Eu tive que buscar um conceito para o mecanicismo e suas diversas áreas conceituais:

    

     Filosofia: Doutrina filosófica que entende a natureza a partir de sua submissão aos processos mecânicos; corrente ideológica que analisa a natureza como uma máquina; maquinismo.


     Biologia: Doutrina segundo a qual os seres vivos são analisados ou entendidos a partir de uma sucessão de causas e/ou consequências de proveniência físico-química.

      

     Imagino como será a civilização com tais conceitos enquanto pensamento dominante, embora com conceitos mais modernos que já tenham alterado tal visão, que não é simplista, como a teoria quântica na física, que transformou o mecanicismo em algo ultrapassado cientificamente.


     Na biologia, se opõe ao vitalismo, que é doutrina formulada por cientistas europeus, especialmente entre meados do século XVIII e meados do século XIX, que defendia a ideia de que os fenômenos relativos aos seres vivos (evolução, reprodução e desenvolvimento) seriam controlados por um impulso vital de natureza imaterial, diferente das forças físicas ou interações fisioquímicas conhecidas.

        

     Por extensão, o vitalismo abrange outras áreas do conhecimento, como a psicologia, para a qual o mecanicismo pode explicar realidades sobre o ser humano, mas que o vitalismo, o torna mutável ao longo da existência.

           

     O mecanicismo, por enquanto, é válido para a natureza, a qual funciona de modo próprio, e uma vez compreendido o seu mecanismo de funcionamento, pode ser preservada, e modificada, se convier, com espécies e plantas mudando para climas parecidos, com algum sucesso e sem prejudicar o habitat natural de uma região, como café e cacau, exemjplos humildes.


     O ser humano vive em meio à natureza, e até se pode dizer que funciona mecanicamente, mesmo sob o ponto de vista da psicologia orgânica, e da biologia.


     O problema é que não se pode pensar o ser humano única e exclusivamente, como um ser de perguntas e respostas prontas, até porque biologicamente ele é construído de milhões de partículas ínfimas em constante movimento, ou seja, o ser humano é o "caos" biológico, e ainda por cima pensa, e o seu pensamento nem sempre é condicionado ao seu mecanismo biológico.


     Atualmente, os filósofos estudantes eternos das aparência sensíveis por amor à sabedoria, alertam sobre o perigo de se seguir essa onda mecanicista, em que todas as relações se dão a partir dos movimentos conhecidos da natureza em relação ao seu meio ambiente.


     É certo que ao conhecer o funcionamento das coisas, muito se pode prever, mas tal pensamento poderia e pode levar a exclusão de outras correntes de pensamentos, que continuarão a existir, independentemente da corrente filosófica cultural de uma época.


     O que se pede, é o mínimo razoável ao ser humano, que acredite que possa pensar, mesmo sem dizer, fato que acontece deveras ao redor do globo.


     Não existe exatidão para dizer como é que a vida funciona para se chegar a um objetivo, o que é uma realidade, pois quantos objetivos estão pausados neste tempo de pandemia, e as consequências físico-químicas da pandemia não podem ser negadas.


     Por exemplo, as aulas são ainda online ou híbridas, não conversamos pessoalmente com muitas pessoas, vamos estranhar a convivência e os diálogos. Biologicamente estamos mudados porque o tempo passou, e lá se foram dois anos de existência com múltiplas experiências caseiras, sendo que não dependeu somente do esforço de cada umo resultado daquilo que se é hoje.


     Confesso, que fui cortar o cabelo fora de casa apenas duas vezes nestes dois anos, e que tesourei em casa e prendi com elástico, algo que é absurdo, mas que valeu para tentar evitar o vírus.


     Se fosse mecanicista, e simplista, diria que o vírus funciona de um jeito e eu de outro jeito, mas a vida não é só isso, pois em casa houve uma modificação cultural, uma convivência entre livros e "lives",  discussões temáticas, e a esta altura, o pensamento se modificou em parte.


     Perceba-se que não discuto Deus e religião neste texto. Não é o caso.


     Discuto o pensamento mecanicista como ideologia filosófica crescente, mesmo já tendo sido superado em diversas áreas da ciência.


     Em resumo, o pensamento mais interessante que li nesses últimos dias, é para que ninguém se obrigue a seguir uma filosofia, especificamente, a mecanicista, porque é moda e todo mundo segue.


     Afinal, quantas vezes, especialmente as mulheres, vestem uma roupa da moda e se sentem esquisitas, como se fossem outra pessoa.


     As revistas de moda aconselham a que se use a moda em acordo com o seu estilo pessoal, porque a moda existe para a mulher e o homem sentirem-se bem apresentáveis, e quando não cumpre tal função se torna desnecessária.


     Enfim, diversos conceitos filosóficos fazem parte do dia a dia das pessoas, e a relatividade de Einstein ainda é válida.


     Grata pela leitura. 

     

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