Jardim de Inverno
Minha cabeça está repleta de livros,
Neles, ideias que saltam nesses motivos
Elocubrados, ditos noutras janelas,
Entre as floridas rosas, mesmo amarelas,
Das margaridas brancas, cravos esquivos
Jasmins, begônias, dias mais que proibitivos
A quem se queira enviar, embora singelas,
E ainda assim belas, puras, e há algo de velas
Nelas de triste e real, implícito tempo
De obrigatório passatempo e lamento,
Pois são colhidas pelo espírito único
Dessa tristeza, quando vindas do vento
Secas; dourada espera d'outro relento,
Que traga a vida e seja a luz a esse lúdico.
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