Calor
Humano / Crônica de Supermercado
Hoje a
crônica é de arraial junino, com o supermercado lotado e a pescaria de crônica
rendeu momentos avulsos.
O
primeiro momento deu-se na fila do pão. O supermercado colocou música de
quadrilha (festa junina) para animar as compras.
O marido
vira-se para a mulher e diz como se ela fosse alguém que ele não conversasse há
muito tempo:
_Falando em quadrilha quem é que fica e quem
que sai? O que você acha?
A mulher
olhou para o marido com um pequeno ar de censura pelo público em volta deles.
Ele olhou
para ela e disse que a ideia era essa.
Ela deu o
braço para ele e foram para outra seção que não a do pão.
Comprei
café. Eu não sei por qual motivo o corredor do produto tinha com fila de
carrinhos de reposição dividindo os dois lados do corredor.
As
pessoas escolhiam os seus produtos extremamente atenciosas umas com as outras.
Com o corredor lotado e tocando a música para a dança da quadrilha, erguíamos
as nossas mãos para deixá-las à mostra uns dos outros e os termos “com licença
e, por favor,” foram muito utilizados. Saímos do corredor como se tivéssemos
esterilizado as nossas mãos e com os pacotes de café nos carrinhos. Foi um congraçamento espontâneo e bonito de
participar.
Saí do
supermercado sorrindo, com esperança na boa vontade e no bom humor das pessoas
que estavam ali,
Quando se
pensa o bem e se tenta escrever todos os dias nesse sentido, acontece certo
desgaste espiritual e a motivação vinda dos outros ajuda.
Hoje a
motivação para falar de coisas boas veio dos outros e eu fiquei contente.
A música inserida é do folclore brasileiro.
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