Deus o Abençoe / Crônica do Cotidiano
Blog pode e deve servir de desabafo.
Pois é, não vi. Cuido para não saber demais das pessoas e mantenho a rotina nesse tempo de pandemia, tão difícil.
Depois eu digo das emoções, mas conforme ouvi logo cedo, é melhor sentar para ler esta crônica.
Um vizinho faleceu.
Quem socorreu a situação foi um dos funcionários do edifício.
O funcionário do prédio contou como foi: o vizinho estava demorando para acordar e a esposa pediu para que ele a ajudasse a acordar o marido.
Ele chamou o homem e achou estranho. Chamou o SAMU-192. Chamou um parente próximo. O SAMU chamou os Corpo de Bombeiros, precisava de dois médicos para o aterstado de óbito.
O corpo foi liberado aqui no edifício, parada cardíaca.
Contou que durante a tarde ele, em conjunto com o agente funerário, levaram o corpo para o carro funerário que estava estacionado dentro do edifício.
Por volta de oitenta anos, considerado por todos os vizinhos.
Enquanto isso, estava preocupada com algumas aulas online, estudando no meu canto.
Área cega. Não percebi nada, a não ser que alguém chamou o funcionário para ajudar com alguma coisa dentro do apartamento.
Vacina contra o coronavírus ele já tinha tomado, e as duas doses.
Dona Yayá: em uma semana duas mortes cuja causa foi o coração. Dentro do edifício, ajudei a colocar o corpo dentro do carro da funerária.
Deus o abençoe, disse.
Daqui a alguns dias o nome do vizinho sairá no obituário instalado no elevador.
Que Deus conforte as famílias nesse momento doloroso.
Por hoje, somente desabafos.
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