As Filas Voltam / Reflexão
O relógio-termômetro da rua marcava menos quatro graus, e assim desconsiderou-se os números climáticos do telefone celular.
A água da chuva de segunda-feira próxima passada ainda não havia sido absorvida pela grama, areia e calçada, e agora estava congelada.
O tempo da semana passada foi ameno, e a esfriada suficientemente rápida, causou a corrida para que utilizássemos os moletons como meio de suportar a intensa geada.
Quem pratica a esteira sabe que, nos dias frios, as camisetas se sobrepõem antes do moletom de fim de semana, e as meias são igualmente sobrepostas de maneira a aquecer os friorentos.
A fila em frente ao Shopping Center é que é de lamentar, espera-se que seja para pegar um compra previamente realizada, porque as liquidações, são de fato tentadoras, mas adianta arriscar a saúde em busca de uma promoção? As lojas de costume tem vendedoras online, e é melhor comprar a oferta que cabe no bolso e pelo número de sempre.
Esta vontade de não sei que com não sei como é a vontade de conversar despretensiosamente, mas é difícil de encontrá-la quando sem máscara, imagine agora com o distanciamento social!
Um certo otimismo vem do que leio nos jornais, mas demora mais um pouco, e não adianta tentar pensar numa data exata para tirar a máscara.
Penso que até é melhor essa volta aos poucos ao contato social presencial.
São muitas histórias a serem compartilhadas, e há muita ansiedade de boa parte das pessoas, mas podemos caminhar devagar.
As reuniões de conversação podem esperar.
As reuniões online, quando repetidas, geram certa distração, até nos mais velhos, o que foi o meu caso num grupo de leitura, mas li.
As reuniões online são um paliativo, mas deixam a desejar pela frieza em relação ao ser humano, o que facilita de podermos simplesmente assistir sem interagir, o que presencialmente dificilmente ocorre.
Pelo fato de conversar sobre o frio da noite passada com algumas poucas pessoas, já me renova a sensação de humanidade.
Com boa vontade seguimos. Por incrível que pareça, a boa vontade já é um esforço humano para não aglomerar.
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