Entre Mulheres

Entre Mulheres

     Embora o assunto seja entre mulheres, nada impede que homens e transgêneros leiam (eu sou a favor que se crie um dia para que os transgêneros festejem o seu gênero, eles e elas merecem e é mais adequado do que se encaixarem num dia que não é de transgêneros).

     Não gosto da ideia de festejar o Dia das Mulheres lembrando o quanto sofreram, um tanto quanto tétrico.

     Nós mulheres, podemos fazer algo por nós, mulheres, que é lembrar que hoje é o futuro do ontem. O amanhã existe para todas nós, a menos que haja alguma hecatombe.

     Essa foi a frase do meu dia para todas as outras mulheres. Algumas de nós, mulheres, estão partindo para o imediatismo sem lembrar que todas as mães esperam nove meses o filho na barriga. A vida requer calma.

     É preciso lembrar que somos humanas e, também erramos. Não podemos ser prepotentes.

     Não pode ser objetivo da mulher o farisaísmo, aquele de se achar superiora aos demais simplesmente por parecer. Precisamos adquirir conhecimentos para nós mesmas, o que pode acrescentar às nossas vidas.

     A mulher é a responsável por uma sociedade melhor, mas há que se querer uma sociedade melhor, com valores mais humanos, mais solidários, com respeito aos diferentes segmentos. São as mães que ensinam os valores afetivos aos filhos e, se esses valores são desvalorizados, a sociedade não melhora.

      Há muitos anos atrás fui a uma festa de crianças. Aconteceu que dois meninos brigaram por um brinquedo. Um dos meninos era o aniversariante de quatro anos. O menino chorou porque um dos convidados pegou o brinquedo dele. A mãe disse para aproveitar-se que o menino estava distraído com o brinquedo e mandou o aniversariante chutar o amigo.

     Estava na hora de vir embora e os docinhos, enfeitados e bonitos, perderam o sabor. A festa era para mães, crianças e amigas da mãe do aniversariante.

     Se as mulheres são responsáveis por uma sociedade melhor, são responsáveis para atuarem contra a violência.

     Observa-se a violência por todo lugar e a mulher é vítima como toda a sociedade em sua volta, não importando o gênero.

     Temos países no mundo onde as mulheres são tratadas de forma inadmissível pelos padrões ocidentais. Aqui fica uma sugestão de reportagem. Experimente alguma repórter viajar e, sem microfone ou câmeras televisivas, passar ao lado de um grupo dessas mulheres que apanham nas ruas. Elas agridem com palavras, até mesmo engraçadas, porque algumas delas nos consideram, ocidentais, como demoníacas.

     É muito estranho esse comportamento, mas pode ser filmado, se alguém quiser se arriscar a correr.

     Também, não somos melhores umas que as outras e não o podemos ser, graças a Deus!

     Toda mulher responsável tem o seu dia a dia voltado para o bem.

     As mulheres que sofrem precisam de ajuda e de autoajuda.

     Outro dia eu vi um grupo de moças trabalhando em pé durante as oito horas do dia. Elas criticavam todas as outras e, bem podiam criticar, estavam e estão em situação difícil. Não conto o lugar porque as moças precisam, mas também as que não precisam ficam ali porque se acostumaram a criticar e criticar começou a fazer parte da vida delas, é esse vício que as mantém atentas o dia inteiro.

     Se eu não tivesse passado por elas e ouvido de mim, eu não repararia. Eu tenho blog e elas, não. Isso não resolve a situação delas, elas precisam de um banquinho e de revezamento e não reivindicam.

     Hoje o assunto é entre nós, mulheres. A mulher é importante para a sociedade, sozinha ou acompanhada.

     Assumir a responsabilidade pelos valores transmitidos é fundamental para a sociedade. As do outro lado do mundo nos leem, elas também podem ser pacificadoras, também podem criar as suas famílias e casas voltadas para a paz universal, também podem usar da percepção e verificar a diferença que uma única cadeira pode ter poder transformador.

     Obrigado a quem ler esse texto.