Considerações
Pessoais Sobre o Estudo do Piano
Como
estudante de música e, considerando que a música é um bem estar em relação a
tudo o que existe, hoje o tema é o estudo do piano.
Nem todos
pensam que o estudo diário de música é uma alegria. Quem não sente essa
alegria, não só pode como deve procurar algo que traga algum benefício mental.
Para quem
gosta é que são importantes essas considerações porque o gosto pela música
nasce em tenra idade, mas a infância não pode ser desperdiçada. Eu acredito que
a criança deve ter horário determinado para o estudo, porque é fascinante e, a
criança pode substituir o brincar pelo tocar piano. Quando aconteceu comigo,
prudentemente providenciaram uma bicicleta de rodinhas e ensinaram-me a me
equilibrar numa bicicleta.
A criança
tem que saber que não pode ficar ao piano além do horário determinado. Depois
do horário, fecha-se o piano e abre-se o piano no dia seguinte.
É normal
o adolescente deixar de lado o instrumento musical. As professoras, em geral,
dizem que manter a agilidade obtida até essa data é mais importante do que
obrigar o aprendizado. Para a adolescência o piano é flexível, porque a
guitarra diz muito mais com o pop e o rock do que o piano clássico.
As
professoras preferem manter a agilidade nessa fase através das músicas de
sucesso e que a grande maioria das adolescentes ama tocar.
“Lá vou
eu ensinar a mesma música de sucesso para as minhas vinte alunas adolescentes.
Os meninos querem aprender bateria e, nós, deixamos.”
A carreira de musicista clássico é
praticamente inexistente no país. A maioria dos jovens que conseguem a
graduação são professores e fazem festas e tocam teclado ao vivo em casas
noturnas e são contratados para cerimônias religiosas.
Não vale
a pena jogar fora a adolescência e nisso todos os professores concordam, faz
parte da pedagogia.
O que se
discute atualmente é se a faculdade voltada para dar aulas é mais interessante
que a faculdade para instrumentistas. É uma discussão sem fim porque cada
musicista vê o estudo com uma perspectiva diferente e, é obrigação das
faculdades de música agregar alguns interesses e propor a sua formação.
Particularmente, eu recomecei tarde a estudar o piano. Mas não há pressa
para tocar música. Os bons pianistas chegam a esse patamar depois dos seus
trinta e poucos anos.
Saindo da
academia sobre a qual escrevemos acima, contam às escolas que os seus alunos às
vezes têm mais de oitenta anos de idade e nenhum perde a aula. Existe método
para a aprendizagem adequada e eles tocam para os seus familiares e sentem-se
realizados com isso.
Em
qualquer idade é válido o estudo do piano e é preciso divulgar o fato. O adulto
é mais disciplinado que a criança e obtém alguns resultados mais rapidamente.
Depois de
alguns meses, aqueles que realmente gostam do estudo, continuam por tempo
indeterminado a estudar.
Vamos
falar agora da facilidade do estudo do piano. Hoje em dia temos pianos digitais
e com fones de ouvido para suprir a vontade de tocar madrugada adentro sem
incomodar quem está no quarto ao lado.
O piano
digital é acessível e custa o preço de uma televisão. Piano digital não é
teclado, têm peso nas teclas e pedal apropriado. Não custa especificar. O
teclado é voltado à música popular de todos os tempos. O piano merece um
clássico.
É preciso
pedir um pouco de sensibilidade àqueles que não gostam do estudo de música
dentro de casa.
Certa vez
eu ouvi a seguinte frase: Se não será útil na fase adulta, por que é que eu vou
permitir na infância esse estudo desnecessário?
Eu saí da
sala por alguns minutos para não responder àquela senhora.
Ela era
prática e eu devia compreendê-la, mas foi difícil.
Aliás,
não compreendo até hoje, mas por outro lado, continuo estudante de música.
O valor
que se dá ao estudo eu deixo aqui, com a recordação guardada com carinho até
hoje. Hoje eu gosto do estudo do piano tanto quanto aquela época em que eu nem
sabia exprimir o que pensava: 1967. Estudem!
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