Coisas que Ninguém Acredita / Crônica do Cotidiano
Quem tem bom senso não conta. Mas, é carnaval e, se ninguém acredita, não tem importância.
Aquela luz no céu, elíptica e intermitente, parecendo flash de câmera fotográfica.
Na época, um de nós e não recordo quem, ligou e perguntou para um especialista do que poderia ter se tratado.
Alguns curiosos chegaram a cogitar que podiam ser hologramas feitos a laser para as festas na Pedreira Paulo Leminski.
Dias depois o casal tomou um táxi na região. Esse pormenor para se pegar táxis para irem aos locais de difícil acesso ou estacionamento era uma particularidade da sintonia deles.
Quando voltaram para casa, chegaram contando que tomaram um táxi dirigido por alguém estranho. Comentaram então, que era perigoso pegar um carro de praça dirigido por um motorista com ideias tão absurdas.
Marido e mulher de braços dados dentro de casa, ainda assustados com a conversa.
_O senhor sabia que podemos estar sendo filmados nesse instante por algum satélite espião? Que nós éramos escutados por eles eu imaginava, mas também filmados, é tecnologia recente.
Quando o motorista disse isso, contaram eles que se entreolharam para ficarem calados enquanto o homem falava.
_Eles podem nos encontrar em qualquer rua e praça, saber o que conversamos, para depois planejarem a invasão.
A mulher contava da conversa e o marido a interrompeu para dizer que o taxista não estava em seu juízo perfeito.
_Acreditam em extraterrestres? O problema desses satélites é que eles podem ser utilizados por mais de um país, quiçá até por dois planetas.
A mulher contou que pediu a Deus para chegar viva ao destino, uma festa de aniversário num bairro distante. Dessa vez, não deixou o marido responder e foi logo dizendo que, para Deus, nada é impossível. Disse também que, se deus criou o homem e os planetas, Ele poderia colocar quem Ele quisesse noutro planeta. Disse num tom amável, pensando que talvez o homem estivesse sob o efeito de alguma bebida mais forte que um destilado.
O marido contou que nessa hora ele pediu a Deus para que a mulher não abrisse mais a boca. O motorista era “louco de vara” – gíria que significa a não recuperação da loucura.
Contaram do medo que sentiram quando pegaram o táxi para voltar pra casa, mas o motorista que fez o trajeto da festa para a casa era normal. Conversou amenidades e sobre os melhores trajetos para encurtar o caminho, encurtando também a cobrança da corrida.
Essa história é antiga e, passaria esquecida não fosse, por esses dias, a Prefeitura de Curitiba contar das fotos feitas a partir de um satélite há vinte e cinco anos atrás.
Afinal, não era holograma a laser para as festas na Pedreira Paulo Leminski. Não eram igualmente objetos voadores não identificados.
A resposta para o que foi avistado estava ali, no ouvido deles, mas era algo tão improvável, que eles não creram.
O motorista de táxi exagerou nas ponderações. Mas, pensando bem, se fosse possível uma foto tirada por satélite, muito mais seria possível.
Agora a fotografia publicada pela prefeitura municipal prova o que foi possível.
Quanto tempo terá sido necessário para que o acesso a essa fotografia fosse possível?
Eram flashes elípticos por sobre edifícios e pessoas. Sonda Voyager na página do Facebook da Prefeitura Municipal de Curitiba. Quem tiver página no Facebook, pode conferir as fotos da linha do tempo da prefeitura.
Uma boa história para essa terça-feira de carnaval.
2 comentários:
com certeza...
beijos
Fui ao Portal no Facebook hoje, 19/02/2015 e a foto não está
mais lá. Está bem. Um abraço a quem por aqui passar, Yayá.
Postar um comentário