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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Parei Para Ouvi-lo / Crônica do Cotidiano

Parei Para Ouvi-lo

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Não sei quem era e nem porque estava ali, mas o homem tinha a oratória treinada, expunha a sua teoria com entusiasmo e falava numa voz mansa, como quem sonhava acordado.

Permitam-me pensar com ele e, raciocinem para ver se há sentido naquilo que ele diz:

“_Amigos, suponham que algum empresário, publicitário, político ou líder espiritual tenha a vontade de conquistar adeptos através da internet. Surge a ideia de formar um grupo numa rede social, planejada, contratada, com o aspecto de espontânea e sem objetivo de vendas.

Essa rede não comercial sugere encontros em lugares reais. Se muitas pessoas comparecem ao evento, podemos criar a liderança com os objetivos que tencionamos criar.

Suponham, igualmente, que ao evento, pouca gente comparece. O fracasso de liderança fica demonstrado e o criador do evento, contratado por nós, é demitido.

Ocorre que existe a intenção de se testar esse novo produto, chamado de rede social, na formação de grupos sociais reais. Suponham que eu conheço uma fonte verídica na minha vida prática.

O resultado prático dessas formações de grupos têm mostrado resultados aleatórios. Às vezes, temos uma multidão de pessoas, vindas de todos os bairros, para se conhecerem e, às vezes, o resultado é inócuo.

Estes resultados aleatórios são desorganizados porque é difícil calcular o público gerado pelo evento criado a partir do mundo virtual criando-se a sensação de insegurança ao próprio público que tem vontade e disposição de comparecer ao local.

As pesquisas de público continuarão independentemente dos resultados. No meu ponto de vista, a prática e a tentativa de levar o mundo virtual ao real pode se transformar numa decepção ao marketing que os organizam, aos participantes e aos patrocinadores.

Penso que, embora todos nós utilizemos as redes sociais, os eventos devem ser criados a partir do mundo real, com estimativa de público e bilheteria, mesmo que gratuita, aos participantes desses eventos.

As reuniões, até agora, não demonstraram resultados positivos nas estatísticas ou para os investidores desses eventos.

Penso também que não há motivos para se investir em algo que, em curto prazo, não trará benefícios à comunidade, seja essa comunidade localizada num bairro ou numa cidade. Não invisto e peço aos meus filhos que não compareçam em eventos desorganizados, onde não se tem noção do que pode acontecer depois que a aglomeração se forma.

Perdoem-me o excesso de divagações, mas quando me disseram que essas festas nada têm de espontâneas, que no mínimo são testes publicitários para verificar a possibilidade de alguma condução de políticas empresariais, não gostei. Senti-me enganado. Não sou cobaia do mercantilismo.”

Agora me digam se valeu ou não valeu essa explanação de raciocínio, mesmo que seja o ponto de vista dele, do homem que se preocupa com as possibilidades na convivência social.

6 comentários:

Wanderley Elian Lima disse...

Acredito que valeu, pois já passei por uma experiência negativa nesse sentido.
Bjux

Unknown disse...

Na primeira todos caem mas na segunda só cai quem quer...
Este ditado resume o que disse pois hoje existem publicitários formados e bem treinados...em muitas situações eles conseguem vender os seus produtos e convencer os indecisos...

Ai esta políticas envenenadas de mentira e oportunismo...

Marina-Emer disse...

Muchas gracias amiga por tus cariñosas palabras y agrdciendo tu visita
feliz dia de hoy
besossssssssssssssss
Marina

Maria disse...

Passei e gostei muito...vou voltar!
Bjs
Maria

XicoAlmeida disse...

Yayá,

Claro que valeu a pena a sua explanação.
E fica o alerta para os cuidados a ter nestes eventos.
Cuidados nossos e dos que nos são queridos.
Um abraço.

aluap disse...

Neste tipo de eventos todo o cuidado é pouco, pois as pessoas contratadas para o efeito exercem persuasão e os participantes acabam por aceitar a "ideia". Mas também seria injusto da minha parte se não disser que acho que há pessoas honradas e que fazem tudo o que humanamente é possível para sustento da sua família. Neste ponto falo dos eventos criados a partir do mundo real, claro! Pois assim é que deve e tem de ser!

Muito bom o texto. Abraço/aluaP.