Filhos Criados
Depois dos filhos criados as amigas se encontram. Joana diz que está doente, e as amigas perguntam para ela qual é a doença que a aflige.
_A minha doença vem do meu marido. Quando nos conhecemos, ele me convidou para dançar e não disse uma palavra. Eu fiquei fascinada de dançar ao som daquelas músicas românticas e calei-me. Depois, nos encontramos novamente. Ele chegou atrasado e eu lia um livro para passar o tempo. Ele chegou, sentou-se ao meu lado, esperou que eu terminasse de ler o capítulo e, depois me abraçou. Eu me senti apaixonada.
Em poucas palavras, casamos. Eu perguntava sobre o que jantar, e, ele respondia que o que eu fizesse estaria bom. Certa vez comprei um vestido com decote ousado para provocar ciúmes, mas na hora de sairmos, me arrependi e perguntei a ele se o meu vestido não era extravagante. Ele disse que eu havia pagado por aquele vestido e o deveria usar.
Eu cheguei a desconfiar que ele fosse homossexual e propus que fôssemos a uma festa da diversidade cultural; ele respondeu secamente e disse que preferia dormir.
Adquirindo a mania de perguntar a ele sobre o nosso relacionamento, perguntei se ele estava feliz com o nosso casamento de dezessete anos; ele disse que sim, estava muito contente.
Logo em seguida, o meu filho entrou no curso de medicina. Acordei para o que se passava quando o meu filho terminava o segundo ano de faculdade e ralhou comigo, em tom de pilhéria, mas ralhou:
_Mãe, quando é que você entenderá que o pai tem dificuldades para se comunicar? Esta é a resposta de um dos meus professores. Você está com a mandíbula presa, cerrada, o que indica tensão e, os seus olhos, mãe, são de uma tristeza visível e você terá que se tratar. O tratamento, neste caso, é para você; foi o que o professor disse.
Hoje, vivemos bem, mas ele fala o necessário. Vejam como cheguei até vocês: ele perguntou se eu queria vir e eu disse que sim. Ele me disse para fazer as malas. Talvez conversemos hoje à noite, mas eu não sei. Sei que temos a chance de estarmos bem e é o que importa.
8 comentários:
Creio que uma pessoa que não expressa o que sente sofre muito, pois é horrivel querer conversar, ouvir o que o parceiro deseja, sente e nada, um belo texto, conheço muita gente assim.
Um tema muito interessante. A comunicação entre o casal.
Nem todas as pessoas são ou têm facilidade de expressão.
Com o tempo habituamo-nos e somos capazes de convivermos: olhando, sorrindo e bebendo largos espaços de silêncio.
Olá, é uma história interessante, mas será que um casamento funciona sem haver dialogo?Não creio...
BEIJOS...........ALICE
Belíssima reflexão na arte de relacionar-se!
Abraço da Célia.
Es cierto que puedes vivir con personas al lado y haya poca comunicación pero es muy triste, a veces no son necesarias las palabras preo sin ellas no hay comunicación.Besitos.
Acredito que o diálogo seja o cérebro
de um relacionamento.
Uma excelente postagem.
Beijos grande!
É essa a oportunidade que devemos agarrar com as duas mãos!!
QUERIDA AMIGA
QUE TEXTO GOSTOSO DE LÊ.NA REALIDADE EXISTE PESSOAS QUE NÃO CONSEGUE DIZER O QUE SENTE. NA REALIDADE EXISTEM MUITOS CASAIS QUE NÃO SABE DIALOGAR.
PARABÉNS.YAYÁ
BOA NOITE E UM BELO DIA.
BRISA
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