As pantufas aquecem os pés num abraço
De tapete macio, que desfia num divã;
Nesse andar devagar e sem pressa, ao descaso
Descalço nesse amor à lareira pagã.
A nudez aquecida ao calor do embaraço,
Quando brilha à lareira, no sol da manhã,
Ilumina, mas gela e trepida no acaso
Do agasalho de braços cruzados na lã.
Um retiro composto à vontade dos tempos,
Prevenindo a nevasca ao distante rumar
Dos alísios, sedentos de impróprios assentos.
O calor que convença, ao correr nos cimentos,
Que o cercado de terra protege o luar
Da neblina, que a cobre de vestes e intentos.
16 comentários:
Eta consequências maravilohsas, a parte ruim está apenas nos irmãos que não tem onde se aquecer...
Att.,
Luks
Putz! e aqui tá frioooooo.
Um beijo grande
È uma delicia sentir as pantufas quentinhas nos pés... dentro de casa eu não largo as minhas....bjos
renova-se... a roda da vida.
obrigado pela visita.
voltarei.
abraço.
Por aqui os calores perenes, mesmo no outono.
Assim de singela esta natureza.
Gostei dos terus dizeres.
Un grande abraço
O pior inverno é o da alma!! Abraço, Célia.
Amiga que de hino encantador ao inverno.
Bom domingo e uma excelente semana.
Beijinhos
Maria
Oi Yayá!
Retornando aos poucos ao blogspot venho por aqui também te agradecer pelo carinho e palavras lá nos registros dos meus filhos.
Inverno nessa perspectiva poética é gostoso demais,embora concretamente eu ainda não tenha conseguído me acostumar aos graus negativos que nesse período costumam chegar por aqui.
Inverno é uma das minhas estações preferidas a outra estou vivendo agora: primavera.
Uma boa semana!.
beijooo.
Mestra,mais uma vez a Serra do Araripe vem na minha mente,férias escolares: chuva,sapo,vento,nuvens e borboletas/frio e frios, café com leite,redes e lenções. Eram assim as noites frias na Chapada do Araripe(CEARA-PERNAMBUCO), durante o dia pouco sol,muita chuva,vento outra vez,nuvens cinzas carregadas de água eras os sorrisos em pessoa nos rostos dos nordestinos sofridos.
Leite quente,ovos estrelados,queijos de coalhos e de manteiga,beiju de goma de mandioca,macaxeiras ou aipim cozidos e muita manteiga,assim se enchiam os buchos do Nordeste.
As pantufas querida mestra eram desconhecidas naquelas plagas, só apreciadas pelas madames do Juazeiro do Norte , Crato e Barbalha adquiridas nos mercados sofisticados de Fortaleza, as nossas eram meias grossas,muitas delas meiões aflanelados imitando os meiões dos jogadores de futebol.Uns usavam meiões do Vasco,alguns do flamengo,do Botafogo e do Fluminense,O RÁDIO ERA A MÍDIA PRINCIPAL E O RIO DE JANEIRO ERA O BRASIL DO FUTURO,EXEMPLO MAIOR AS ORIGENS DOS MEIÕES COM OS BRASÕES DOS ESCRETES CARIOCAS.
Parabens,poesia é cultura.
ACESEE O BLOG
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Bom domingo!
Inverno frio esse da alma né!
bjssssssssss
Lindo poema, trouxe a paisagem do inverno, que embora seja cáustica, é bonita na sua beleza peculiar. Parabéns pelo texto. Um abraço
Aqui está gelado. Primavera gelada!
Beijos Yayá!
Adoro o Inverno! Pena que, para "tê-lo", preciso "voar" para outras plagas...Já experimentei, alguns...
Bela descrição, dessa gostosa Estação, Yayá...Valeu!!!
Beijos,
da Lúcia
Eu prometo a você que ainda, um dia serei capaz de fazer poesias como as suas.
Falta pouco, na verdade só me falta competência.
Só isso! (rs)
Um abração carioca.
Bonita forma de escrever Inverno, com calor em palavras.
bjs
oa.s
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