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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

sábado, 10 de setembro de 2011

Feriadão

Feriadão clip_image002

Não sei se vocês sabem, mas Curitiba emenda o feriado de sete de setembro com o dia oito de setembro, dia da padroeira da cidade, dia de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.

Cidade grande não tem muito que fazer para quem gosta de shopping e fui ao shopping.

Ocorreu que, na minha frente na fila da escada rolante tinha um casal com um carrinho de bebê, uma criança de seis meses. O marido vira-se para a esposa e diz:

_O bebê está cheirando.

Com aquela música ambiente e conversas paralelas, a mulher não entendeu e respondeu:

_Ele não está chorando, está calmo. Acho que está gostando do passeio.

O marido respondeu em um tom de voz um pouco mais alta:

_Amor, eu não disse chorando, eu disse cheirando.

A mulher dele olhou espantada:

_Você disse que o nosso filho está cheirando? Não mesmo! O meu filho não cheira a nada! O cheiro é de algum outro lugar.

A essa altura, eu dei uns passos para trás, porque eu uso água de colônia e o problema não era meu.

O marido paciencioso, respondeu:

_Acho melhor irmos para casa. Ele vai chorar daqui a pouco se você não o trocar.

Pai e mãe olhavam para o carrinho e o bebê percorria os olhos do pai para a mãe e vice-versa.

Ela concluiu:

_Está bem, vamos para casa. Mas não coloque a culpa em cima dele, é você quem quer ir.

Ele tampou o nariz com os dedos e disse:

_Em casa verificamos qual dos dois está certo.

A esposa fez uma fisionomia como se pensasse? _Será?! Justo no shopping e no feriado.

Saíram os três. Ele abraçando a esposa com uma das mãos, ela com jeito de perplexa e o bebê com aquela expressão:_Será que falam de mim?

23 comentários:

jorgil disse...

Bom texto. Ainda bem que havia água de colónia no meio.

JOPZ_B1B disse...

Kurti.

iderval.blogspot.com disse...

Amiga Yayá, fatos reais e naturais deveriam ser mais apreciados, o seu relato me fez lembrar no interior do Ceará um casal de namorados na varanda da casa da moça.
INICIO DE NAMORO
CENA.1-
A MOÇA,O RAPAZ E O CACHORRO JOLLY,A SOGRA DEFRONTE NOUTRO BANCO A VIGIAR.

CENA 2- O RAPAZ LIBERA UM FLATO DE ODOR MUITO FÉTIDO, culpa o cão ao seu lado.(MAS QUE CACHORRO DANADO)
Cenas 3,4,5 o mesmo enredo.Coitado do cachorro que dormia tranquilamente.

No quinto flato já na sexta cena a sogra não aguenta,levanta os Óculos e fala para o cão-

SAIA DAÍ JOLLY SE NÃO ESTE HOMEM TE BORRA TODO.

É a natureza falando mais alto.
Cachorro e menino sempre pagam o pato.
Iderval Reginaldo Tenório
http://www.iderval.blogspot.com

Célia disse...

Oi, Yayá... até de rotinas você tira "seu conto e prosa"... e, detalhe: em pleno feriadão! Ri ao ler e pensei: com certeza o "marido" preferiu defender seu cartão de crédito! [rsrs]
Pobre beby!!
Abraço, Célia.

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Casal inexperiente, o shopping tem banheiro e toda mãe carrega fralda descartável...voltar pra casa, num feriado?..piada!
Muito bom, Yayá
Bom domingo
Beijinhos
Lúcia

Ingrid disse...

estou aqui em Curitiba matando a saudade dos amigos..
beijosss linda..

Artes e escritas disse...

Ingrid, aproveite a cidade, a linha turismo, não perca o café Quintana na Av. Batel, o ponto do café e da cultura na capital. Um abraço, Yayá.

Anônimo disse...

rsrsrsrsrrrsss, muito bom!

E ele com toda a paciência" amor ...não esta chorando...cheirando..."


abração!inté, volto!

a vida em toda a dimensão disse...

O homem sempre arranja uma maneira
de trazer a mulher para casa.
Beijinho e bom domingo

Ziza's N.E.M. disse...

como se diz, conversa de 'merda' ms no sentido que o casal falava xD posso fazer-te uma pergunta já questionada ? x$ como vês os seguidores do meu blogue no rodapé ? está em 62 e não apareces ?

D. Garcia disse...

flagrantes da vida real dão boas histórias.
mas não são as histórias a heroína no fato, e sim os ouvidos e olhos atentos.
adoro a capacidade de quem consegue capturar essas pérolas e registrá-las através da escrita ou cinema em esquetes.
muito hábil você, adorei o texto imensamente.
e já que o feriadão está chegando ao fim por aí, aproveite esse domingo pra fechar bem.
abraços.

Bergilde disse...

(...)Um tantinho desprepaarados mesmo esses pais porque em todo shopping há banheiros com trocadores para os bebês(kkk).Mas,o texto vale pela observação da autora muito atenta ao protagonista principal.
Abraço carinhoso,

Borboleteando disse...

Passando para agradecer a visitas...Desejo que sua tarde seje bela.
Bjs

Maria Rodrigues disse...

Gostei da história. A vida é feita de imprevistos ...
Bom domingo
Beijinhos
Maria

brisa48@bol.com.br disse...

QUERIDA
BOA TARDE
MUITO BOA A HISTORIA PARA TUDO TEMOS QUE DAR UM JEITO. os outros não chega a ser uma grande vitória. Vitorioso é aquele que
consegue vencer a si mesmo combatendo seus vícios e controlando suas
paixões. A vitória sobre nós mesmos é muito mais difícil. Ela requer
mais coragem mais disciplina e mais decisão. Se você não conseguir na
primeira vez tente de novo. O simples fato de tentar de novo já será sua
primeira vitória. Te desejo uma vida inteira de Vitória . ABRAÇOSS.♥

Yasmine Lemos disse...

Obrigada Yayá pelo carinho,seja bem vinda no meu blog
beijos e um ótimo domingo

Milla Pereira disse...

Que delicia de conto, bem humorado e lindo, amei! Amiga, vim te conhecer e já estou te seguindo, ok? Bom final de domingo bjs.

Vera Lúcia disse...

rsrsrsrsrsrs.
Não precisavam voltar para casa, não é verdade?
Muito divertido, Yayá.
Beijos.

Aclim disse...

Mas a maezinha não sabe que em shoping tem fraldário e "si pá"..rs...dá até para arrumar uma fralda emprestada. Pais de primeira viagem, creio...não sei.

Abraço amada

Majoli disse...

rsrsrsrs
Adorei!!!!
Uma deliciosa forma de nos falar do feriadão.
Coitadinho do bebê, nada entendeu...rsrs.
Ri gostoso aqui Yayá.

Beijos com carinho.

Paulo_Sotter disse...

Para quem tem capacidade criativa e senso de observação, qualquer acontecimento traz inspiração. Parabéns pelo texto. Um abraço!!!

Andre Martin disse...

E qual deles você acha que tinha razão?
Qual o final desta história? Pode imaginar? Qual seu palpite?

Isto é o que eu chamo de "fragmentos de elevador". São pedados das histórias de outras vidas que passam pela gente, de onde só "participamos" um pedaço... ela segue seu rumo e desfecho, e nós continuamos o nosso.

Artes e escritas disse...

A razão, André, estava com o bebê.:))) Um abraço a todos vocês.