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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Considerações Pessoais Sobre o Estudo do Piano

Considerações Pessoais Sobre o Estudo do Piano

     Como estudante de música e, considerando que a música é um bem estar em relação a tudo o que existe, hoje o tema é o estudo do piano.
     Nem todos pensam que o estudo diário de música é uma alegria. Quem não sente essa alegria, não só pode como deve procurar algo que traga algum benefício mental.
     Para quem gosta é que são importantes essas considerações porque o gosto pela música nasce em tenra idade, mas a infância não pode ser desperdiçada. Eu acredito que a criança deve ter horário determinado para o estudo, porque é fascinante e, a criança pode substituir o brincar pelo tocar piano. Quando aconteceu comigo, prudentemente providenciaram uma bicicleta de rodinhas e ensinaram-me a me equilibrar numa bicicleta.
     A criança tem que saber que não pode ficar ao piano além do horário determinado. Depois do horário, fecha-se o piano e abre-se o piano no dia seguinte.
     É normal o adolescente deixar de lado o instrumento musical. As professoras, em geral, dizem que manter a agilidade obtida até essa data é mais importante do que obrigar o aprendizado. Para a adolescência o piano é flexível, porque a guitarra diz muito mais com o pop e o rock do que o piano clássico.
     As professoras preferem manter a agilidade nessa fase através das músicas de sucesso e que a grande maioria das adolescentes ama tocar.
     “Lá vou eu ensinar a mesma música de sucesso para as minhas vinte alunas adolescentes. Os meninos querem aprender bateria e, nós, deixamos.”
      A carreira de musicista clássico é praticamente inexistente no país. A maioria dos jovens que conseguem a graduação são professores e fazem festas e tocam teclado ao vivo em casas noturnas e são contratados para cerimônias religiosas.
     Não vale a pena jogar fora a adolescência e nisso todos os professores concordam, faz parte da pedagogia.
     O que se discute atualmente é se a faculdade voltada para dar aulas é mais interessante que a faculdade para instrumentistas. É uma discussão sem fim porque cada musicista vê o estudo com uma perspectiva diferente e, é obrigação das faculdades de música agregar alguns interesses e propor a sua formação.
     Particularmente, eu recomecei tarde a estudar o piano. Mas não há pressa para tocar música. Os bons pianistas chegam a esse patamar depois dos seus trinta e poucos anos.
     Saindo da academia sobre a qual escrevemos acima, contam às escolas que os seus alunos às vezes têm mais de oitenta anos de idade e nenhum perde a aula. Existe método para a aprendizagem adequada e eles tocam para os seus familiares e sentem-se realizados com isso.
     Em qualquer idade é válido o estudo do piano e é preciso divulgar o fato. O adulto é mais disciplinado que a criança e obtém alguns resultados mais rapidamente.
     Depois de alguns meses, aqueles que realmente gostam do estudo, continuam por tempo indeterminado a estudar.
      Vamos falar agora da facilidade do estudo do piano. Hoje em dia temos pianos digitais e com fones de ouvido para suprir a vontade de tocar madrugada adentro sem incomodar quem está no quarto ao lado.
     O piano digital é acessível e custa o preço de uma televisão. Piano digital não é teclado, têm peso nas teclas e pedal apropriado. Não custa especificar. O teclado é voltado à música popular de todos os tempos. O piano merece um clássico.
     É preciso pedir um pouco de sensibilidade àqueles que não gostam do estudo de música dentro de casa.
     Certa vez eu ouvi a seguinte frase: Se não será útil na fase adulta, por que é que eu vou permitir na infância esse estudo desnecessário?
     Eu saí da sala por alguns minutos para não responder àquela senhora.
     Ela era prática e eu devia compreendê-la, mas foi difícil.
     Aliás, não compreendo até hoje, mas por outro lado, continuo estudante de música.
     O valor que se dá ao estudo eu deixo aqui, com a recordação guardada com carinho até hoje. Hoje eu gosto do estudo do piano tanto quanto aquela época em que eu nem sabia exprimir o que pensava: 1967. Estudem!

     

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