Volta ao Normal / Reflexão
Percebe-se a volta ao normal pelas chamadas das igrejas e templos neste Dia de Sexta-Feira Santa, e pelo consumo observado por todos.
Penso porém, que a volta ao normal necessita de uma reorganização espiritual, não somente no sentido específico do feriado, mas uma análise sobre o que éramos antes da pandemia e o que somos.
Como assim? Sim, temos estes dois anos com inúmeros fatos pessoais, que modificaram as vidas da grande maioria das pessoas.
Em primeiro lugar está a gratidão àqueles que fizeram parte deste período difícil.
Olhamos a volta e percebemos as coisas, as nossas coisas, a rotina que se modifica com a volta ao normal, com o uso das máscaras em ambientes restritos, e a convivência social modificada.
Tudo o que se disse, o que se fez, e o que se faz ainda deve ser levado à sério, porque o que se viveu foi com seriedade e cuidados.
Entretanto, há muito a fazer dentre a este contexto de sobriedade, pois a alegria de as rotinas voltarem aos seus normais não pode trazer a falta de cuidados com tudo o que aconteceu nos últimos anos.
Começam a surgir os novos afazeres, e parece que a privacidade será bem vinda. Por que dizer privacidade, perguntarão os leitores, e digo que fomos expostos em todo o consumo feito através da entrega em domicílio, o que não foi exatamente um benefício, mas uma necessidade imposta pela pandemia.
Precisamos voltar a não depender tanto dos serviços de entrega em domicílio, mas também porque é necessário conversar com o vendedor para fazer as melhores escolhas.
Continuaremos a pedir as pizzas e lanches, mas não mais todas as compras, e pegar fila para recebê-las na entrada do edifício com distanciamento de dois metros entre os vizinhos, e a maioria das cidades é feita de edifícios, e foi um caos o medo misturado ao álcool gel e as mortes de alguns dos nossos vizinhos, em meio as compras.
O parágrafo acima descreve o que se passou nos últimos dois anos.
Há toda uma carga emocional a ser trabalhada dentro de cada um de nós, mas também há a realidade que se impõe como tal, e que pede para que seja contida a alegria ínfima de se poder sair pelas ruas e calçadas da cidade.
Por outro lado, a pandemia nos trouxe a oportunidade de conhecer novas pessoas de boa índole, e trouxe novas amizades com as quais gostamos de conviver.
Algumas velhas amizades foram vistas de novo, em breves momentos, que valeram os dias difíceis.
Este momento é o da reorganização, pois faltam as rodas de leitura, as convivências saudáveis com o pessoal do exercício físico, porque a fé foi e é continuamente uma amiga.
Precisamos deste período de transição para nos reogarnizarmos, é uma necessidade, a de um período necessário para assimilar tudo o que aconteceu.
No entanto o período de reorganização caminha junto com a volta ao normal, e prioridades devem ser escolhidas para que se permita essa reorganização, e este é o desafio que se apresenta para a maioria das pessoas.
O tempo necessário será individual, desde semanas a anos, dependendo do que essa pessoa passou neste período.
Termino por dizer que o recomeço já é um começo.
Grata pela leitura.
2 comentários:
Gostei da análise e da reflexão. Bjs e boa Páscoa.
Querida amiga Yayå, concordo plenamente com o que li por aqui, esse tempo de transição é tão ou mais complexo, pois nada é como era, muitas coisas mudaram, as famílias estão com muitas coisas a serem assimiladas, as voltas ao trabalho presencial, as voltas às escolas, os novos convívios, enfim...
Esperemos que tudo fique bem daqui pra frente, mas que é difícil ainda, ah, é!
Grande abraço apertado e tenhas junto aos seus uma Feliz Páscoa!
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