Diversos / Crônica de Supermercado
Finalmente consegui assustos diversos no supermercado, devo dizer que em termos de crônica, todas seriam tristes, e hoje o ambiente estava leve, talvez pelos números da pandemia, que estão baixando.
Diriji-me aos pães, mas no caminho da entrada até os pães, um casal em conversa trava a passagem.
Ele, de terno e gravata, e ela com um vestido bastante gracioso, os dois bem arrumados.
Ela olha em torno, na frente da rostisseria ainda sem as bandejas de alimentos, e pergunta para ele o que ele gostaria de comer na hora do almoço.
Ele responde, que dependeria do preço dos produtos.
Os dois se olham com ar de surpresa, como se perguntassem um ao outro:
_Você vai cozinhar?
Ou:
_Você se importa com os preços?
Saí de perto para deixá-los à vontade em suas teorias conjugais.
Peguei os pães e fiz um caminho diferente, vi algumas almofadas, e comecei a orar.
As almofadas, eram para o público infantil e adulto, mas as rosas claro e azuis bebê, tinham nelas uma oração escrita, que transcrevo, por ser bela e antiga, embora, com uma frase a menos a fim de caberem nas almofadas:
"Santo anjo do Senhor, Meu zeloso guardador, Me rege, me guarde, me governe, me ilumine, amém."
Parei diante das almofadas para orar por mim e por todas as pessoas, que a essa altura, estão sofridas diante de tudo o que se presencia.
Comprei um refrigerante cola e fui ao caixa.
Comentei com a moça sobre aquela cola, que todos dizem que o sabor é ruim, mas que valeria experimentar por distração.
Um assunto çuxa o outro e comentamos sobre a abertura das Olimpíadas, que será amanhã, às oito horas da manhã no horário local.
A moça respondeu:
_Depois do jogo? Qual é a graça de uma inauguração depois da estréia?
Concordei com ela, tira a graça.
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