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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

sábado, 31 de julho de 2021

Carta Literária Inspirada no Jornal Rascunho

      Curitiba, 31 de julho de 2021

     Querido Professor


     Devo dizer que o seu texto me inspira a escrever, e te dar razão dogmática sim, porque você gosta de textos de cunho espiritual.

     Pelo que percebo, apesar de cristã, é que no mundo espiritual as histórias são perfeitas e têm final feliz quando existe a inocência na alma.

     No entanto, essas histórias, sob o ponto de vista material e humano não têm sentido.

     Pois veja essa história:

     Duas crianças se encontram por acaso numa lanchonete, e uma delas pede um convite para ir ao clube, mas a outra responde que não é sócia, que frequenta o clube porque o seu pai é amigo de muitos senhores que vão ao clube, e ela só gostava mesmo era de ver os cavalos saltando as barreiras, porque aqueles saltos de obstáculos lhe dava um arrepio divertido.

     A outra criança pediu para ser apresentada ao pai dela, porque haveria um pedido para acompanhá-lo ao clube, mesmo que fosse somente para homens, porque sepois ela saberia de tudo.

     A família do requerente de convite ouviu, e os planos para que o garoto conseguisse um convite foram por água abaixo.

     Não mais se viram, muito embora uma amiga da mãe da garota cantasse uma música para perguntar se a amiga conhecia a música.

     Passam-se vinte e poucos anos, e acontece o reencontro. Ele veio porque muito se havia falado sobre o peso da cidadã, e ele até pediu para que a garota lembrasse do peso da tia dele, lembrando que eram amigos.

     Feliz por um lado e extremamente ansioso por outro, pois a namorada dele havia feito um aborto para provar que o amava. A moça respondeu que aquele era um pecado horrível e que Deus deveria ter visto.

     Depois disse que iria se casar assim que tivesse condições financeiras. Casou, mas devia favores aos sogros.

     A moça entregou-lhe o convite para o clube. Ela realmente sabia como conseguir o convite para assistir os cavalos saltarem.

     Ele entrou para o clube.

     Pasados dez anos, o homem pede para ser amigo da família. Pediu, não é. Ficaram distantes.

     Houve um cruzar de caminhos rapidamente. Ele, a esposa e os filhos. Algo de passagem e bastante simpático por parte da esposa que mostrou as crianças com felicidade.

     O resumo veio no fim, quando um tudo de bom antes de partir dessa existência para o mundo espiritual foi desejado sinceramente.

     Como eu poderia negar-lhe esta carta literária, em tempos tão difíceis?

     Um abraço, Yayá.


     Obs. Ler pode trazer ideias para escrever. Grata ao pessoal da literatura!



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