Resta Filosofar / Reflexão
Depois de procurar um estudo, mas não encontrar o texto, acabei passeando por outros textos reflexivos com alguma teologia permeando o assunto.
Toda leitura pede uma reflexão ou, pelo menos comigo isso acontece.
Criei alguns parâmetros, e vou-me a eles antes que fujam:
1 - O bem estar completo é possível nessa vida que temos, mas não dura mais que o tempo de uma chuva, como a que caiu hoje em Curitiba.
Ainda costumo não ligar aparelhos elétricos quando uma chuva forte se aproxima, bastam os aparelhos elétricos obrigatórios ligados, tais como a geladeira. Parei o que fazia e comecei a ler. Aconteceu a sensação de ter tudo naquele momento, ou seja, tempo para ler com calma, um copo com água fresca, e até mesmo uma canção desconhecida.
2 - Todo ser humano precisa de água para viver.
É preciso viver conforme a existência natural exige. O copo de água fresca, bebido aos poucos, conforme a leitura evoluía é o bastante para exemplificar que estamos e somos parte do meio em que vivemos, e mostra a sintonia com a leitura, que era para o espírito.
3 - Ninguém precisa mais do a natureza em consonância com a alma.
Todos conhecem essa sensação de bem estar e o frescor que um copo com água pode trazer ao dia.
É muito difícil conseguir um momento desses. Às vezes estamos cercados por detalhes e turbulências que, simplesmente impedem esse bem estar.
Depois que a chuva diminuiu, percebo onde parei as minhas atividades.
Agora, o tempo não é escasso, ele se organiza após esse momento pedindo alguma organização e complementação, mas o tempo consegue se organizar.
Ao mesmo instante, penso se, as pessoas, em geral, estão preparadas para terem esses momentos específicos de bem estar, pois às vezes parece que nem todas as pessoas estão preparadas para esses momentos.
Aí é que está a filosofia do momento, porque esse momento é da espécie que não acontece ao mesmo tempo com várias pessoas.
Quem estava no trânsito, com vento forte, e algum granizo, estava em outro momento, o momento dela se preocupar com o clima e o trânsito, além de verificar se nenhuma ávore havia caído no meio do caminho por onde andava.
Algumas pessoas, provavelmente muito cansadas provavelmente aproveitaram um cochilo à tarde, porque a semana que se segue será árdua igualmente.
Outras pessoas ficaram com medo e fizeram orações, afinal, não é fácil ver uma árvore cair no meio da rua.
Os momentos são diferentes a cada pessoa. A sensação de bem estar igualmente difere de pessoa para pessoa.
Provavelmente existirá algum leitor que discordará totalmente dessa sensação de bem estar, mas é que para esse leitor, o momento de bem estar tem outro significado e circunstância.
As necessidades espirituais variam de pessoa para pessoa e é preciso compreender esse fato.
As vontades materiais são diferentes, além do tablet e do notebook, que todos querem ter um, indiferentemente da vontade intelectual.
Parece que o texto anda em círculos e não chega à conclusão nenhuma, mas não chega mesmo, porque a humanida é um círculo em si mesma, com diferentes necessidades, vontades e capacidades.
Particularmente, não penso na humanidade como um fim em si mesma, mas um começo a partir da percepção do outro, com a compreensão do ego, o eu de cada um. É nesse aspecto que o niilismo perde o sentido e a razão.
Por outo ponto de vista, a razão, sozinha, é uma imbecilidade, e por isso existe a sua crítica.
Passeei pelo dicionário, ao menos para saber os significados das palavras 'gnóstico" e "sincrético". Ah, pesquisem.
A conclusão a que cheguei é a de que a filosofia é o instrumento pelo qual o ser humano admite a sua humanidade, porque é cultura não teológica, e está acessível pela internet tanto quanto a teologia, mas obrigando o leitor a pensar e a refletir.
E termino com um questionamento, não ao leitor, mas a mim mesma, para quando reler esse texto daqui a um tempo: Por que é que eu simpatizo com Calvino?
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