Gostar Do Outro Como O Outro É / Reflexão
Gostar das pessoas é gostar delas como são. Se tiver que ajeitar isso ou aquilo é melhor ser incompatível.
Gostar de gente não significa ser compatível com todos os outros, é aceitar-se com defeitos, inclusive o da incompatibilidade de gênio, fato sobre o qual muitas conversas foram necessárias para que eu entendesse que é melhor estar próximo a alguma afinidade.
Áreas cegas existem e, algumas vezes vemos compatibilidades onde não existem e vice-versa.
Mas o meu blog busca fazer o leitor feliz, embora, às vezes, simplesmente não consiga.
Um ponto de vista meu é não compartilhar responsabilidade, mas tem gente que lida bem com isso. Mas, quando se compartilha uma responsabilidade, é preciso delegar poder de mando ao outro no que tange à necessária exigência da responsabilidade. Por exemplo, se eu delego a responsabilidade de ir ao supermercado, eu posso conferir a liste de produtos, mas não posso exigir que o outro comece a compra por um determinado produto. Dentro do supermercado, e desde que a lista de compras seja efetuada, a cada um o seu começo e término da tarefa.
Gostar dos outros significa aceitar que o outro vá ao supermercado como quiser realizar essa tarefa.
Aceitar-se é saber que algum produto do supermercado é ligeiramente mais caro e gastar um troco a mais na hora de escolher o café.
A aceitação do outro pela gente é mostrada nessa hora, sem críticas ao café ligeiramente mais caro. Quanto ao café mais barato do supermercado, o meu preferido é o extra-forte.
Ah, café mancha os dentes. Eu sei, mas há quem não saiba.
Todos os detalhes importam em compartilhar responsabilidades e assumir as consequências.
Se café, caro ou barato, mancha os dentes, e eu tomo cafezinhos durante o dia, eu tenho que assumir o problema de tirar a mancha dos dentes.
Gostar dos outros é possível através da autenticidade das pessoas.
Existem pessoas que fazem a gente pensar sobre a existência, sobre as dificuldades humanas, tanto pelo lado positivo quanto o negativo, o que é importante para evitar as incompatibilidades.
Tenho dois exemplos recentes, com os quais me diverti um pouco.
Estava frio, eu tinha hora e vesti um casaco estilo envelope por cima de um par de calças ajustadas.
Ouvi o preconceito no seu pior estilo:
_Velha gorda!
Que falta de respeito! O meu casaco envelope me fez ficar redonda, olha só. Até procurei um espelho, e nenhuma magia aconteceu. O casaco me deixa redonda porque me envelopa, mas é quente e, me surpreendeu de fato.
O exemplo negativo está acima. Respeito é algo que precisa ser cultivado constantemente.
Continuando a caminhada, atravesso a rua com pressa e dou uma corrida.
Um jovem, com aparência displicente, vindo em direção ao semáforo, não se contém e diz:
_Olha aqui, sua "F.P****", não corra ao atravessar a rua porque eu não quero ter que te ajudar.
Nesses termos. Positivo.
Diminui o passo. Eu também não quero incomodar.
São conceitos vagos de como gostar do outro como o outro é, saber quando e como compartilhar responsabilidades, as incompatibilidades que aparecem no dia a dia, os carinhos recebidos de forma inusitada, e lidar bem com tudo isso é que pode melhorar o dia a dia.
Agora vou tomar um cafezinho para esquenta o dia.
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