Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

http://frasesemcompromisso.blogs.sapo.pt/

O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

sábado, 13 de outubro de 2018

De Modo Geral / Comentário


De Modo Geral / Comentário

     Recebo alguns emails sobre política. A imprensa tenta adivinhar o que está acontecendo no país, e não entende.
     Não entende porque não escuta, não permite o diálogo, ou sente-se tal e qual julgadora dos bens e males que afetam o mundo?
     É falso dizer que a classe média está calada.
     Ocorre que, a classe média, estando inclusa esta que vos escreve, não tem a menor aptidão para lidar com os extremistas.
     Com o novo Congresso já eleito, espera-se com otimismo que o candidato da direita cuido especialmente dos extremistas que o apoiam e que o candidato da esquerda cuido dos extremistas que o apoiam.
     Essa tal de classe média é ocupada em cuidar da própria vida, e muito embora vote e até mesmo faça alguma torcida, tem mesmo é que saber dos preços dos produtos do supermercado, manter as casas com os problemas que apresentam de piso, pintura e móveis deteriorados.
     Acredito que a classe média acredita que os políticos possam chegar a um consenso a fim de não permitirem que os extremistas atuem.
     Mas, se dependerem da classe média, danou-se a esperança. Não, não é falta de vontade de colaboram, é incompetência nossa.
     O que se sabe fazer é colocar a bolsa na frente do corpo para evitar trombadinha e recorrer ao sistema próprio da segurança pública.
     Muita estupidez é dita por aí. Achar que nordestino não vota num determinado candidato. Vota e se sente igual ao sulista que vota no determinado candidato. Achar que sulista não vota em determinado candidato também é falso. Não é pensando que os moradores de uma determinada região são contra os moradores de outra região é que vai se resolver o problema.
     O problema político é o extremismo. O problema urbano é a violência.
     Usando termos menos elegantes pede-se que cada um dos candidatos cuido da sua criação de cavalos xucros: domem-os.
     Mesmo porque esses grupos não estão dispostos a entender a classe média; eles querem mandar.
     Se o país está dividido, está dividido em três: a direita, a esquerda e, os impossibilitados de agir por desconhecimento de causa.
     Há um acordo implícito existente, no qual cada um vota em acordo à pressão recebida para que o vencedor, acabe com essa radicalização dos ânimos.
     A imprensa é fonte de pressão sobre a sociedade.
     Tudo depende da circunstância, e sendo assim, a classe média não pretende discutir esse assunto. 
     Nesse momento a chamada classe média acompanha os interesses dos grupos dominantes, sem que interesse a eles saber se representam ou não representam a mesma.
     O intuito é assistir aos debates no Congresso e não nas ruas, porque todos têm o que fazer, têm responsabilidades que não podem ser transferidas à ninguém.
     O recado desse texto é o seguinte:
     Comportem-se e ajustem-se ao que virá. A classe média não costuma virar a casaca depois que depositou o seu voto na urna. O Congresso está composto e pode haver entendimento.
     Porque a pressão vêm dos dois grupos e o que se quer é um basta nessa situação. Porque não nos escutam, vamos deixar acontecer o que quiserem; o limite da paciência foi atingido.
     Bom domingo!
  

Nenhum comentário: