Sobre a Música
Vou contar do que poucos sabem, mas é interessante e curioso o tema musical.
1- Quando se diz que um músico toca com sentimento um instrumento musical, significa que ele interpreta de maneira excelente e sensibiliza os seus ouvintes. Já imaginaram um músico emocionado tentando executar uma peça? Seria praticamente impossível. O músico se emociona quando termina de executar a peça musical e de vez em quando.
2- A escolha das peças musicais dependem do momento preciso e não significa nenhuma mensagem cifrada para o músico. As peças são escolhidas em acordo com a disposição de estudá-las meses seguidos, sendo que, nessa escolha, os ouvidos do público contam para essa escolha.
3- Ao tocar um instrumento musical por horas seguidas, pode-se concluir que é prazeroso estudar com afinco, mas também pode-se concluir alguma tendinite. Existem violeiros que ficam com os braços enfaixados e têm que fazer fisioterapia, dependendo do número de apresentações e horas diárias gastas nesse estudo.
4- Boa parte dos músicos têm como característica comum o desapego da vida social, porque quem muito sai, pouco estuda e a agilidade vai-se embora. Geralmente a vida social fica por conta dos compromissos obrigatórios.
5- A rotina musical faz com que o músico leve uma vida disciplinada, muito embora com o intuito de fazer a vida do próximo tolerável.
A falta desses conhecimentos leva às conclusões errôneas. Poucas pessoas querem esse tipo de estilo de vida para si mesmo.
Já, quem gosta de algum instrumento musical, gosta de fazer o que faz.
Outro mito que existe é que os músicos querem o sucesso. É mito. A grande maioria dos musicistas não vive em teatros e apresentações, mas sim em estudos de detalhes musicais.
Esse texto foi inspirado na música de forma ciranda: A Canoa Virou, de Villa Lobos. São momentos e depois da Sonatina nº1 de Camargo Guarnieri e do Samba Sertanejo, da Branca Bilhar, chegou a vez do Villa Lobos novamente.
Não tem nada a ver com a praia, com o sentimento caipira ou com alguma canoa naufragada. Tem a ver com a necessidade de arte e a sua continuidade.
Também não tem a ver com os jovens músicos, excelentes, e os seus cursos, ou seja, definitivamente nada a ver com outras intenções que não sejam as musicais.
O que aborrece é que, apesar de explicitar em texto, têm muita gente que não compreende e chega a ponto de pensar que essa é uma atitude errada. A paciência é para ser exercitada igualmente.
Se alguém tiver por perto alguém que goste de tocar um instrumento musical, não estranhe, ele é desapegado de muitas das maneiras convencionais, mas não se preocupe, quando ele tiver um tempo, ele conversará.
Ah! Nem mais um dia sem música.
Um comentário:
Não vivo sem a música. Alimenta minha alma. Regenera-me.
Parabéns, por sua crônica elucidativa.
Abraço.
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