Sociologia de Supermercado / Crônica de Supermercado
Há uma leve alteração de comportamento entre as camadas sociais chamadas de baixa renda.
Algumas observações pessoais minhas foram observações pessoais de outras senhoras e senhores.
Descrevo a situação:
O marido perguntou à mulher se ela não iria levar a caixa de leite com doze litros e ela disse que essa semana ao invés de comprar a caixa de leite ela iria comprar uma lata de leite em pó.
Ele perguntou à ela:
_Espere um pouco. E as crianças vão ficar sem leite essa semana?
Ela respondeu que as crianças, essa semana vão ficar sem leite de caixa e sem achocolatado.
Ele olhou assustado para ela.
_O que é que está acontecendo? Se você quiser, eu pago a caixa de leite e o achocolatado.
Ela disse que não. Para não zangar o marido, com muita educação, disse que não sabe por qual motivo a auxiliar deles, durante a semana, tomou a cada dia dois litros de leite e secou a lata de achocolatado. Como ela não sabe o que está acontecendo e, mesmo porque não tem queixas da moça, achou melhor que as crianças ficassem sem o costumeiro café da manhã, uma vez que ela substituiria o leite e o achocolatado por leite em pó e cacau em pó para observar o que é que está acontecendo. Ela não quer reclamar da alimentação dela, mas algo está errado e ela precisa saber.
Modéstia à parte, eu já consegui uma boa explicação.
_Eu preciso saber como é que a senhora corrige os meus erros. Se eu achar algo errado com o jeito que a senhora cuida da casa, eu também falo.
Isso tem origem provável nos novos líderes que chegam às camadas mais necessitadas com uma mensagem rápida. Elas estão aprendendo um novo comportamento e querem que as pessoas que disponibilizam serviços a elas saibam ficar atentas até mesmo para poder valorizá-las como funcionárias.
Gostei de presenciar a constatar essa nova atitude que mostra uma tendência nova de comportamento.
Dirigi-me ao caixa e, novamente, o comportamento diferenciado foi observado.
Eram oito moças humildes e um jovem caixa.
_Nós vamos fazer um "Luau". Vamos preparar bebidas, muitas bebidas, danças e você está convidado.
O jovem, segundo ele mesmo, com dezessete anos de idade disse que ainda não tinha idade para beber e perguntou se teria churrasco.
A resposta das meninas foi chocante:
_Churrasco de homem. Deixaremos os homens em brasa.
Eu estava no caixa e virei as costas para ela e disse:
_Você ainda tem fígado, você tem muito para viver, pensa bem.
Garotos bons são ingênuos.
Ele olhou para elas de lado e disse:
_Vocês vão fazer a festa num lugar onde o filho pede ajuda da mãe e ela não vai.
As moças retrucaram:
_Ah, vai muita gente. Na saída da chácara um faz companhia para o outro até o ponto de ônibus.
Eu fiquei aborrecida ao presencia o tal de bullying para tentar o jovem a tudo que é mal para ele.
Um senhor também começou a prestar atenção à conversa. Era funcionário do mercado e certamente comentará a situação ocorrida com o garoto.
Eram oito moças, as quais considero de má conduta. Jovens imitando o lado errado de outras jovens, talvez bem nascidas, que colocam em risco os jovens de boa índole.
Se imitam um mau comportamento porque desejam uma vida boa, estão se conduzindo a uma seleção natural, onde o mais forte sobrevive.
Enquanto isso, no mundo há guerras, mesmo que surdas; há miséria; há a tristeza da falta de tudo pela qual os refugiados e os afligidos pelos desastres naturais atravessam.
Cuidado com isso.
Um comentário:
Total inversão de valores, não é mesmo Yayá!? E, para não ficar fora "da turma" muitos acabam aderindo...
Abraço.
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