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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

História de Serenatas / Crônica

História de Serenatas / Crônica



     Serenatas são eternas. Eu penso que são eternas desde o dia em que um professor de piano, ao se despedir da escola, por motivo de mudança de cidade, deixou como lembrança sua, a brilhante execução da serenata que vos ofereço
acima.
     A música foi tocada com tal brilhantismo que jamais me atrevi a tocar, a estudar ou esquecer aquele momento inesquecível.
      Era a canção do gosto dele, mas presenciei outra serenata numa aula de inglês, com flores para a secretária da escola e uma linda canção sertaneja.
     Serenatas eram ensaiadas, alguns anos atrás, por músicos e apreciei muito assistir aos ensaios com trajes especiais antigos para que a musa inspiradora, fosse uma senhora festejando Bodas de Prata (25 anos de casada), ou uma jovem homenageada pelos pais e amigos.
     A última serenata ouvida, no entanto, me surpreende, porque dela nada sei além dos ouvidos que ouviram alguns versos após uma canção.
     Foi dessas serenatas modernas, com cantantes de cd. Os versos foram à viva voz, mas era tarde e não levantei para ver, acordei para ouvir e até me emocionei pela jovem, adulta ou senhora, merecedora daquele galanteio.
     Não aprendi os versos, pesquisei depois a canção, e essa serenata mexeu com a minha percepção.
     A voracidade dos dias não é mais a mesma, faz-me perguntar e filosofar sobre a música e seus efeitos sobre a alma.
     Umas canções acalmam, outras nos trazem energia, outras cansam, outras nos causam enfado.
     Quem sabe um dia se descubra de onde veio a canção, quem a poetizou e a quem foi dedicada.
     A canção acima tive a alegria de presenciar. A canção sertaneja, a moça prometeu se vingar de qualquer pessoa que conte que ela recebeu uma serenata com canção sertaneja, mas Bruno e Marrone caíram muito bem naquele dia.
     Como eu disse no início, serenatas são eternas. No entanto, prefiro saber quem a faz e para quem faz e, agora não sei.
     Então me espelho e compreendo porque, às vezes, sou compreendida às avessas.
     Sensibilidade, quem as guarda consigo nos dias de hoje?
     Num instante, intrigante e misteriosa. Eterna também. 

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