Aceitação / Reflexão
Hoje, domingo de carnaval, a televisão nos oferece dois programas bons: o desfile das escolas de samba, para quem gosta da festa e a premiação do Oscar.
Duvido que eu consiga assistir a algum dos programas sem cochilar e acabar por desistir e dormir.
Aceitar-se com menos disposição para ficar acordada até tarde é o começo dessa reflexão.
Tenho repetido alguns "nãos" ultimamente.
Não para os bichos de estimação. Pode ser moda, pode ser culturalmente normal os bichinhos de estimação, mas eu gosto de passarinhos e os passarinhos chilream em todo lugar, junto ao movimento da cidade.Sem cachorros, gatos e coelhos ou qualquer outro, não fazem a minha natureza.
Os "nãos" acima estão inseridos nas escolhas pessoais.
Existem porém, os "nãos" obrigatórios. São os "nãos" à ginástica e musculação. Essa é uma condição que eu aceito como parte da preparação para a possível chegada à terceira idade. O aconselhável para gente da minha idade é manter a caminhada como ponto de referência e preferência.
Interessante é que as mulheres que praticam essas atividades pensam que todas as outras podem, ou devem, praticar tais atividades. Usando uma expressão da idade, explico: "para mim, isso já era."
Porque ao invés de se criarem queixas para o que não deve ser feito, a gente abre uma perspectiva para o que pode ser feito, o que é um ponto de vista positivo.
Hoje em dia, já não temos a liberdade de expressão que tínhamos antigamente. Além dos hackers, temos uma gama imensa de letras de músicas, históricas e divertidas, que não se pode cantar, sob pena de comentários maldosos.
Sob esse ponto de vista o "crentês", a novilíngua dos crentes é uma saída excepcional. Obrigada gente.
Acredito que o problema são os grupos de pressão, ou seja, grupos de pessoas que pensam que a gente pode o que a gente não pode.
Problema deles!
Cada um deve fazer o que é melhor para si mesmo, desde que não seja "errado".
As pessoas devem aceitar as próprias limitações e devem fazer-se respeitar juntamente com essas limitações.
As complicações que as limitações causam é o espelhamento dos contemporãneos. Mas isso é bobagem, porque tem pessoas de mais de setenta anos que andam oito quilômetros duas a três vezes por semana e se senytem ótimas, mas têm pessoas de quarenta e poucos anos que fazem essa caminhada e se dão mal.
Vivemos num mundo cuja tendência atual é restringir a liberdade individual, incluindo-se as escolhas pessoais, como as roupas e os acessórios. Cabe à gente não aceitar essas restrições. São restrições impostas e o melhor é dizer não a elas.
Se a gente concordar, logo chega a restrição à expressão do pensamento não somente em público, como em particular.
Hoje cedo, ouvindo música, perguntada sobre algumas letras de música, eu contava que essas músicas tocavam nas estações de rádio e eram cantadas dentro de casa.
Agora um "sim". Sim, estou envelhecendo e mudando os meus gostos e necessidades. E me aceito nessas condições e digo "não".É bom chegar próxima a uma idade onde o "não" não pega mal.
Bom Feriado!
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