Com
Televisão / Crônica do Cotidiano
Estou me
inteirando sobre o país hoje porque fiquei sem televisão durante
aproximadamente entre dez e quinze dias.
Tenho
ouvido comentários esparsos enquanto vou ao supermercado.
Eu
acredito que esse tempo de alguns meses é realmente necessário para o país se
pensar e se resolver no que tange aos seus ideais.
A
primeira vez em que ouvi falar em petróleo foi na aula de ciências nos
primeiros anos dos bancos escolares. O petróleo equivale ao ouro, é riqueza
nacional. Como é que está esse “ouro” nacional hoje? Não sei. Também não sei
quem saiba. O que eu sei é que o país precisa saber das notícias sobre o
petróleo nacional, o seus lucros e os seus prejuízos. Precisamos saber onde o
país mantém a exploração de petróleo e quanto à crise no oriente tem afetado a
empresa chamada Petrobrás. As quantas andam o petróleo, os seus produtos e
derivados comercializados? Não sei e, pense o leitor (leitora), que até mesmo
os bancos privados publicam os seus balanços nos jornais. Como foi que terminou
aquela crise e quais foram as suas consequências? Estamos desinformados.
O que está
havendo com a figura do eleitor comum, aquele não partidarizado ou engajado?
Segundo os esparsos comentários durante as compras, os quais vieram a serem entendidos
especificadamente hoje, é mágoa. Mágoa de quê? Bom, cada vez que um político
destrata o outro, o eleitor sente-se destratado. Nada mais deprimente do que
esse “Tchau querida e Tchau querido” respectivamente ouvidos numa única semana.
Discute-se muito um conceito para a família, mas parece que esse
conceito é mais óbvio do que parece: é um agrupamento entre grupos
consanguíneos e afetivos que ocupam um mesmo espaço de convivência por vontade
de todos os seus participantes.
Sou de
meia idade e o conceito de família naquele tempo onde se tentou criar a ideia
do amor livre, a família foi discutida, não há maior liberdade de amor do que
dentro de um lar. A legislação serve apenas para regular o que existe
espontaneamente.
O que
está fora do conceito acima citado como família não é família e a lei não
deveria legislar a favor do que extrapola esse conceito. Essa mágoa geral é
oriunda, por mais que se possa achar incrível, de grupos que poderiam
considerar uma conquista social. A lei extrapola os conceitos de família,
pensem nisso, regularizando o que não é família. Esse parágrafo que parece conservador
é, no entanto de grupos específicos que se sentem prejudicados, como os
homossexuais, cabeleireiros, que possuem as suas famílias, muito embora ainda
não regulamentada por lei. Apesar de tudo isso, a palavra proscrita está
regulamentada para tristeza de muitos e muitas “dançarinas’.
Parece
que os problemas não acabam, vamos às queixas na saúde. Em consequência de uma
mordedura canina o serviço de emergência solicitou a visita ao posto de saúde
para os primeiros socorros. Aqui, eu abro um parêntesis para alertar a todos
que: quando se sofre mordedura canina por cachorro de rua, a vacinação e
medicação devem acontecer antes que se complete 24 horas após o acidente. A vacinação ocorre prontamente nos postos de
saúde indicados pelo SAMU, quanto a isso, o atendimento é exato. Uma vez que o
atendimento foi realizado prontamente, as queixas dos demais frequentadores dos
postos de saúde se fizeram ouvir. A medicação indicada pelo médico está na
farmácia do posto de saúde ou na farmácia popular? Quando é que o paciente deve
ou não comprar o medicamento em caso de não existência do mesmo dentro do posto
de saúde? Em caso de efeitos colaterais desagradáveis como é que o paciente
deve proceder tendo em vista a demora na concessão das consultas não urgentes?
Qual é o período de espera considerado normal para um paciente atendido pelo
posto de saúde? Eu não sei. O povo que frequenta posto de saúde também não tem
orientações seguras.
A reclamação
continua na educação, as mães sentem-se temerosas quanto às escolas, elas
largam tudo para irem até a escola, só que muitas vezes não está ocorrendo nada
de errado com o filho (filha). Bastaria uma cartinha da direção dizendo que a
criança tem bom comportamento e que as suas notas estão regulares e a mãe
estaria sossegada. Acompanhar a educação de uma criança conta com a
participação dos respectivos pai e mãe, mas isso não os deve sobrecarregar
desnecessariamente.
Indústria
e comércio: quais são os mecanismos econômicos que podem aumentar o consumo sem
aumentar a inflação mantendo o bom desempenho para as empresas. Essa é uma
discussão entre empresários e governo. Não adianta promover um culpado e se
conformar com a existência desses pseudo- culpados, é a conversa que resolve o
investimento.
Vamos ao
governo, mais queixas. Seria obrigação de o governo promover a interação social
instituindo o respeito às diferenças de pensamento como norma. Apontar onde
estão os preconceitos, lembra o preconceito, mas não a erradicação do problema.
Interagir é a melhor forma de acabar com os preconceitos e cabe ao governo
fazer campanhas abrangendo as diferenças. Porque os vícios sociais existem
entre iguais; é preciso que todos entendam que os seres humanos não são somente
virtude, embora a busquem com todo o empenho e dedicação. O que deve se
combater é a exploração do homem sobre o homem e tornarmos a convivência harmoniosa
possível onde antes era improvável.
Diante de
todas essas dificuldades e reclamações, o tempo é necessário e a organização se
faz necessária.
Suponhamos que haja esse tempo. É óbvio que ninguém será excluído da
discussão. NINGUÉM. Mas o tempo existirá como consequência do excesso da
desinformação vigente.
O meu
problema é que eu tenho blog e ando sendo cobrada por muita gente.
Se eu não
tinha tocado no assunto até agora, está feito.
Eu quero,
antes de terminar o texto, mandar um grande abraço para cada um que se lembrou
de que eu tenho blog e que estava quieta diante da crise. A opinião de cada uma
dessas pessoas foi ouvida e, por fim, este texto é delas e, eu o assino
agradecido.
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