Ao Pequeno Jornaleiro
Os seus sonhos me distraem,
Divertindo-me, te quero;
Pois sonhando c’oa tiragem,
Vai vendendo o seu mistério.
Entrevistas que não saem
São refeitas ao desejo
Do sucesso, uma bobagem;
Hortelã não gera gelo.
As revistas se comprazem
Em vender o seu brinquedo,
E, o curioso, de passagem,
Vai gastando o seu dinheiro.
Se soubessem que a vendagem
Independe do seu preço,
Saberiam que na abordagem
Há o convite ao jornaleiro.
9 comentários:
Linda homenagem ao jornaleiro!!Ele vende as notícias , carrega tanta coisa... beijos,chica
Presumo que os jornaleiros a que se refere em quadras sejam os que vendem jornais, que nós portugueses chamamos de ardinas.
Os homens que trabalhavam à jorna, ou seja, de sol a sol, chamamos pelo nome de jornaleiros (pequenas coisas que fazem diferença).
@té depois e bom fim de semana.
Que interessante. E o jornalista que sai ganhando...Será que entendi...? rss...
Querida, obrigada pela participação na festinha e pelo carinho. Que bom que gostou do bolo! rss.
Te desejo um fim de semana divertido e com muita paz!
Beijo
Excelente poema e uma homenagem ao "ardina":)!
Bjo
Lindas quadras. Eles, ardinas, me parece que em Lisboa deixaram de existir à muito.
Linda recordação.
Maria Luísa
Não encontrei no dicionário brasileiro a palavra ardinas, mas ainda hoje vi jornaleiros nas esquinas, o que foi bonito porque pensei neles e em vocês. Obrigada pelos comentários. Um abraço a todos, Yayá.
Aqui foi uma profissão que já desapareceu!
Beijos,
Gosto de encontrar nos faróis os homens entregando jornais.
Um verso bem alegre, Yayá.
Parabéns
bjs
Embora o nosso ouvido esteja muito familiarizado com a pronúncia brasileira e com algumas palavras, pois por cá passam muitas novelas da Globo e música brasileira, algumas palavras em português são diferentes do brasileiro, como “jornaleiro”, o nosso ardina, vendedor de jornais de rua que apregoando a notícia chama a atenção do potencial cliente. Nos dias que correm, com o aparecimento dos quiosques e outros postos de venda e até devido à Internet já se não encontram os ardinas nas ruas, contudo ficaram nas ruas de algumas cidades estátuas de ardinas.
Aqui onde moro, pela manhã ainda se vê distribuidores de jornais gratuitos.
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