Cultura Inútil / Reflexão
A cultura inútil não é inútil, quando relacionada com o saber cultural.
Pela segunda vez ouço a recomendação para não ir a um determinado lugar.
O primeiro lugar é uma lagoa, com histórias e mais histórias contando ser um lugar negativo.
Hoje foi a respeito de um museu pitoresco de outra cidade, e tenho que dizer que tanto a lagoa quanto o museu ficam noutra cidade antes que criem folclores na minha cidade.
Hoje até achei exagerado o conselho, mas ouvi:
_Não vá. É um lugar complicado com uma história complicada.
Os dois conselhos se referem a cidades diferentes.
A lagoa realmente tem história de arrepiar em termos de paranormalidade.
Sobre o museu dizem que se entra lá sozinho e se sai acompanhado por espíritos, e que depois além das orações, será preciso a sorte de que o espírito queira desacompanhar o visitante do museu.
_Nunca! Nem por curiosidade, nem por não ter medo de espíritos. Eu também sou evangélico e não acredito nessas coisas, mas não entro lá, porque não sou eu quem vai provar que as histórias são criadas pela imaginação popular.
Isso é cultura popular, uma história que se comprova na imaginação coletiva das pessoas, e até por uma questão de autossugestão, pode ser que coisas estranhas aconteçam.
A lagoa é povoada de bruxos e monstros.
O museu é povoados pelos espíritos que vivem nos quadros.
Os fenômenos culturais devem ser respeitados e até digo que gostaria que essas pessoas escrevessem as hostórias, porque tais histórias fantásticas são muito bem contadas.
Não sei contar, porque não guardei os detalhes que as fazem emocionantes.
Dessa vez nem vou tentar, mas quanto à lagoa, eu pedi para ir almoçar na lagoa ao motorista de táxi.
_O quê? A senhora não sabe o que está pedindo, e eu preservo os meus fregueses de maus presságios. Posso indicar vários outros lugares para a senhora passear.
Respeitar a cultura de uma localidade ajuda a entender a cultura que a permeia.
Não, não existe cultura inútil.
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