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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Excesso / Crônica Reflexiva


Excesso / Crônica Reflexiva


     Estávamos num grupo de prática de idiomas, quando uma das alunas, desabafou, mas em inglês, e disse que trabalhava doze horas por dia, estudava à noite e tinha uma filha pequena para cuidar, e que dormia com a menina com medo de não escutar um pedido de água ou para ir ao banheiro durante a madrugada.

     Ficamos calados, em respeito.

     Ela não é daqui, e nem vou me preocupar em dizer a localização geográfica da jovem senhora, mas por quê?

     Porque parece que há uma segunda onda viral por aqui, é a de que temos que dizer e ensinar os outros a serem melhores.

     Alguns conselhos ou até uma aula de matéria diversa faz bem, mas se bobeamos, ficamos dezoito horas ouvindo lições de não sei o quê.

     O fato é que a primeira lição a ser dita, é aquela que nós mesmos ouvimos, quando agimos, e de nós mesmos.

     Não é possível ter mal humor, quando fazemos a nós mesmos coisas que nos dizem sobre nós.

     Comprei algumas utilidades, e elas não combinaram com nada, mas comentei que comprei, que servem, que são bonitas e confortáveis, e que não usarei, ao menos por enquanto.

     Acontece, que devido à pandemia, gastei a minha última inutilidade, mas uma que pensava jamais usar, e usei tanto que estragou.

     Agora, pensei mais leve, algo descolado e barato, sem obrigação de uso, mas com a certeza de que usarei num dia leve, menos pandêmico e infectado.

     São os cuidados diários uma obrigação, e os cremes suavizantes para as mãos para serem usados antes de deitar, também.

     Virão dias mais suaves, ou eles têm que vir, ou o mundo se transformará num estresse global.

     Conversa não é questionário, mas está se formando uma filosofia de questionamentos para se saber do outro, o que é um absurdo.

     Uma filosofia barata, de vez em quando, é boa pedida.

     Olhando para as quinquilharias, as quais colocarei numa prateleira, posto que desejo um dia mais suave para todos, sem contradizer os seus dogmas de vida, nem dos meus, mas que repriso em outras postagens, e deixo os leitores com a decisão sobre ler ou não ler, afinal é provável que transpareça o que realmente acredito de qualquer maneira.

     Interessa é ser capaz de me surpreender e dizer a mim mesma para suavizar o que puder ser suavizado.

     Com isso, não quero ensinar nada grandioso a ninguém, muito menos questionar sobre a situação a que a pandemia nos supõe, objetos virais.

     Grata aos leitores  e leitoras.

     

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