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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Dia de Hitchcock / Crônica do Cotidiano


Dia de Hitchcock / Crônica do Cotidiano

     Eu já tinha ouvido falar nas rádios sobre os ataques de abelhas que algumas pessoas sofreram em Curitiba. Sem motivo aparente, elas aparecem em bando e atacaram essas pessoas que acabaram em hospitais da região sul do Paraná.
     Hoje, embora não goste de escrever crônicas negativas, penso por bem contar o ocorrido.
     Pela hora do almoço apareceu uma abelha, foi ao lustre e queimou as asas, e quando veio ao chão, me senti obrigada a exterminar a abelha com uma chinelada. Abelha sem asas propicia o tempo para ir até outro cômodo, pegar uma chinela, voltar e matar uma abelha sem asas.
     Até aquele momento, pensei que ainda estamos no verão e que tem apicultores na região central da cidade. Tem apicultores na região da cidade há muitos anos, diga-se. Uma abelha deve ter fugido da colmeia.
     Depois do almoço, ao ajeitar a cozinha, entrou outra abelha. Dessa vez fui obrigada a pegar um pedaço de papelão e jogá-la para o chão. Estava sobre a pia caminhando, sem asas. Pisei com os sapatos, tendo em vista que ela caminhava para debaixo do fogão e não daria tempo de pegar o chinelo novamente.
     Joguei no lixo.
     Passaram uns dez minutos e o zumbido voltou. Fui até a cozinha e não vi abelhas. Resolvi olhar o lixo e vi duas abelhas nas janelas de serviço.
     Saí dali e fui observar a janela por outra janela, e vi que estavam e três ou quatro entrando e saindo pela janela de serviço.
     Tudo o que pude fazer foi recorrer ao anti-mofo spray e o repelente de insetos. Borrifei a área da janela com os dois produtos e saí em busca de ajuda.
     Quando eu costumeiramente, aqui nesse blog, digo que existem pessoas sensacionais, é porque existem mesmo.
     Ao saber da história o homem veio comigo até a cozinha do apartamento, matou as duas abelhas e fechou a janela.
     Ao final da contagem foram mortas seis abelhas. Pode ser que ainda apareça alguma caminhando por aqui.
     De fato, o repelente de insetos evitou que quatro ou cinco abelhas entrassem pela janela. O repelente evitou que, ao abrir a porta da cozinha encontrássemos uma dezena de abelhas.
     Elas vieram aparentemente sozinhas e foram entrando, ou quase entraram, não fosse o cheiro do repelente.
     Ouvi do senhor que, provavelmente elas estavam seguindo alguma abelha-rainha e se perderam. Ou talvez tenham sido atraídas pelo chão encerado ou algum produto alimentício.
     De qualquer modo, joguei fora o pão por onde uma delas passeou. Dizem que elas deixam uma espécie de cheiro por onde passam para indicar o caminhos às outras abelhas.
     A situação pareceu-me com um filme de Hitchcock, com muita tensão e terror.
     Ainda pensando no assunto, pareceu-me que foi acertado não me apavorar e gritar, mas procurar ajuda.
     Por outro lado, não consumirei nenhum produto que contenha mel e derivados por muito tempo.
     Embora muito humilde, esse texto pode ser de utilidade pública para os moradores da região, motivo pelo qual escrevo.
     Obrigada aos leitores. 

Um comentário:

Ivone disse...

Abelhas, elas são perigosas, há as que ficam só nos locais onde são cultivado o mel, mas quando se espalham.
Já fui picada por abelhas, mais de uma vez, tenho alergias, nossa, nem penso em tal situação.
Abraços apertados querida Yayá!