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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Anúncio de Cinema Discute a Comédia Brasileira / Comentário

Anúncio de Cinema Discute a Comédia Brasileira / Comentário

     Para começar o ano com entretenimento fui ao cinema: Sully - um filme excelente. Heroísmo que emociona.
     Agora, exponho o tema. 
     Antes de começar o filme apareceu uma propaganda com link para ajudar o comediante brasileiro, que segundo a propaganda, está num momento ruim.
     Não sei se algum texto pode ajudar, mas um comentário pode ser elaborado.
     É comum nos Estados Unidos a existência de shows, teatros diversos e, o público tem poder aquisitivo para frequentar esses locais.
     Eles têm elenco de palco, ninguém atua sozinho. A chamada para o humor do outro é dada por um gancho, uma frase pronta para ouvir uma resposta absurda. Assim, a chance de fracassar é menor, ou, dividida por dois num mesmo palco.
     Caminhando por entre livros, percebe-se que o personagem feito pelo ator, mesmo o de humor, tem estilo próprio. Nada mais forçado e caricato no mau sentido, do que um humor forçado e que chega a irritar quem assiste. Ao irritar o ouvinte ou a quem assiste, o "chamado público" não volta mais.
     Ah! Mas o patrocinador é quem determina o estilo de humor. Patrocina por uma temporada, mas depois é o que se vê, conforme a propaganda contou sobre os humoristas. Nesse caso é positivo que enfrentem dificuldades; não mais aceitem tudo aquilo que os patrocinadores impõem.
     Outro detalhe: fazer o público parecer ingênuo e crédulo não é humor. As brincadeiras são entre os atores, e cabe ao público reagir e interagir com as buscadas risadas. É lógico que uma interação com o público é necessária, mas desde que não se humilhe o público, o que é o caso das pegadinhas sadomasoquistas.
     O humor pode se dividir em categorias tais como os parques de diversão dividem os seus brinquedos. Comédia para famílias, comédias radicais para o público maior de dezoito anos, comédia jovem e comédia para os chamados "nerds".
     Também igual aos parques de diversões, deveriam existir bares para a chamada "Happy Hour" onde houvessem apresentações humorísticas alguns dias durante a semana, algo de custo acessível para o brasileiro.
     Particularmente, eu não gosto de ir ao teatro, mesmo quando tem show musical, coisa que eu gosto tanto que não consegui dormir ontem, dia primeiro, sem colocar um fone de ouvidos e brincar ao teclado.
     A comédia precisa da televisão e do público televisivo sem que necessariamente haja interação. A concentração do telespectador diminui se estiver ao mesmo tempo numa rede social e assistindo ao programa de televisão. Um humor fino e familiar fica bem na televisão.
     Sim, temos um público puritano que gosta de humor e é preciso humor para os conservadores.
     Também precisamos de humor brasileiro dirigido às crianças ao estilo dos antigos "Os Trapalhões" e da "Família Trapo" assim como o consagrado humor do "Sai de Baixo". Não temos humor político sem ser politicamente ideológico.
     Parte da situação em que o humor nacional se encontra hoje em dia deve-se ao excesso do chamado humor grosseiro, onde a maldade de uns para com os outros é motivo de riso e aí cabe aos atores não se submeterem a isso e foi pensando nisso que eu escrevi acima sobre essas cantinas de final de dia e as apresentações. Até sugere-se que façam contratos por temporada televisiva com determinado tipo de humor.
     Embora eu não esteja em fase de risos, a comédia é assunto sério e deve ser tratada com seriedade.
     Agora encerro o assunto.
     Falta seriedade com o assunto comédia, é essa a minha opinião.
       

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