A
Impossibilidade Rejeitada- Um Absurdo /
Reflexão
Eu
procuro ler e assistir programas diferentes para ter novas ideias. Escrever num
blog todos os dias é a tarefa da imaginação a qual me obrigo todos os dias
porque aprecio esta atividade.
No
programa da televisão discutiam-se os planos para daqui a dez e vinte anos,
rejeitando-se as impossibilidades e pensando no que é possível.
Cheguei
da rua a pouco, aproveitei o dia para olhar vitrines de lojas, pois o calor
chegou e uma compra para saudar o calor é bem vinda.
O que a
realidade das vitrines me mostrou está no campo das impossibilidades que são a realidade
constatada nas vitrines.
O fetiche
sobre a cor vermelha continua e, digamos, à grande.
Numa das
vitrines, metade das cores eram neutras e na outra metade eram, pasmem?! Vermelhas.
O que, eu
me perguntei. O vermelho era proibido e agora é impositivo que se tenha uma
peça vermelha no armário?
Na cor
vermelha tenho três peças não compradas, guardadas e ocultadas do público em
geral. Mais nenhuma, o que eu não sei dizer se o fato conduz ao advérbio
felizmente ou infelizmente.
Há dez
anos passados alguém suporia que o fetiche vermelho chegaria a esse ponto na
cidade?
Por
sinceridade digo que não me lembro de exatamente da minha cor preferida naquele
tempo. Eu gosto do colorido, de todas as cores, mas não lembro a ninguém ter se
referido a alguma cor como especial e cheia de simbolismo. Isso para mim é
problema pessoal de cada um. Lembro muito de uma conhecida que usava somente a
cor preta porque não gostava de roupas ou acessórios coloridos e foi
especificamente ela que se referiu a mim como apreciadora das cores, o que a
fazia sentir certo mal estar psicológico. A cor preta que ela usava nada tinha
a ver com a tristeza, era uma questão de bem estar.
Eu penso
que o impossível não pode ser planejado, mas temos que conviver com o
impossível.
Penso que
se planeja o possível e que o impossível, o não imaginável vem junto no pacote,
como um brinde para lembrar que não somos perfeitos.
Como não
se sabe se esse vermelho todo nas vitrines é desdém ou elogio, cheguei à
conclusão de que o melhor é manter apenas as três peças vermelhas no armário.
Ao lado de todas as outras cores se incluído as neutras e básicas (excluí a cor
vermelha das básicas por precaução – não gosto de idolatria disfarçada em cores
e objetos de consumo).
Alguém
sabia que pessoas oriundas de outras culturas, acham que as cores são energias
e que não devemos desequilibrá-las.
Agora
sim, há vinte e poucos anos atrás eu comprava artigos para o estudo da música
em um mesmo lugar e começaram a dizer que eu estava pálida.
Quando
cheguei à loja, um senhor me disse que eu não usava a cor amarela e a ausência
da cor amarela fazia com que me mostrasse pálida. A brancura era tanta que numa
fotografia para dois documentos diferentes foi necessária a refeitura da
fotografia porque, segundo os fotógrafos, havia entrado luz no filme e a foto
irradiava luz branca.
Parece
brincadeira, mas eu me forcei a usar a cor amarela e a disposição mudou e eu
fiquei de tez rosada. É óbvio que eu tive medo dessa história e não me esqueço
dela até hoje. Eu sei que eu tive que voltar aos dois fotógrafos e refazer as
fotos.
O fato
aconteceu há mais de vinte anos. Não, não foi o sol ou a luz do sol, foi antes
de toda e qualquer exposição ao ar livre.
O
impossível não se planeja, se convive. Mas tem que se contado como fator
aleatório.
Quando se
inclui o impossível como fato a ser observado, é mais fácil de lidar com ele.
Agora, no
que tange ao fetiche vermelho, eu ignoro porque o problema não é meu.
Temos que
lidar com isso, nem que seja com rosas, lilases e cores próximas.
Às vezes
acho a minha localidade “sui generis”.
Um comentário:
Bom dia
Peço desculpa pela ausência, mas desviei-me da blogosféra. Estou voltando e revisitando todos os meus amigos e conhecidos.
O tema das cores mexeu bastante comigo nos anos verdes da minha vida.
Depois o olhar foi arrumando as cores mais discretas e que me vestem como gosto.
Vermelho - nunca foi uma cor amada, mas o preto sim.
Claro que existem roupas para todos os dias e para as diversas ocasiões.
O vermelho não fica bem num funeral.
Parece-me que esta cor está ligada à industria do sexo.
Este tema das cores é apaixonante.
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