Empresário de Chalana
A empresária estranhou a ausência do seu concorrente na reunião anual dos vendedores pisos e laminados.
Preocupada com a concorrência, saiu da reunião e procurou informações sobre ele.
As respostas que obtinha eram as dos contos de fadas. Ninguém sabia e ninguém o tinha visto.
Procurou então um amigo comum, igualmente concorrente, mas de uma concorrência que não atemorizava aos dois.
Descobriu que o concorrente almoçava num restaurante internacional às quartas-feiras.
Convidou a secretária para almoçar com ela para se encontrar com ele.
Chegando ao restaurante e vendo o concorrente, foi ao encontro dele.
Sem nenhuma sutileza, foi direto ao assunto:
_Você tem sabido do Amir? Vocês continuam amigos, pois não?
O concorrente sorriu e respondeu:
_Sim, eu continuo amigo do Amir.
Ela o crivou de perguntas querendo saber onde ele estava e quais eram os projetos de vida dele. Negócios são importantes e a concorrência merece respeito, pensava ela, ansiosa pelas respostas.
O concorrente sentou-se com ela para almoçar.
Ela sentiu um frio na espinha com medo das respostas, mas aquele homem não costumava enganar a concorrência.
Ele, calmamente, respondeu a ela, como se tivesse todo o orgulho dela nas mãos naquele momento.
_O Amir comprou um bus home e foi para Bonito, cidade que se localiza no Mato Grosso do Sul.
Ela disse num tom cortante:
_Que horror! O que é que ele tem? Está doente?
O primeiro sorriu com o espanto da resposta e continuou contando sobre o Amir dizendo:
_O Amir se aposentou. Antes de se aposentar, ele comprou um terreno no Mato Grosso do Sul e o cercou. Agora ele se mudou para lá.
A empresária não conseguia acreditar naquilo que ele dizia e fez mais perguntas.
_O Amir arranjou uma amante e largou da esposa dele? Como é que ela está?
O concorrente desatou a rir, mas continuou a dizer do amigo:
_A esposa dele vendeu a loja para ajudar a pagar a casa que eles estão construindo na localidade de Bonito. Ele não está com nenhuma amante. Aliás, o Amir sempre foi um homem sério, assim como a esposa dele e toda a família.
Ela, indignada, exclamou:
_Ele deve estar com alguma doença. Ninguém faz isso.
O concorrente afirmou que ele e a esposa dele fizeram isso e que passaram na casa dele para se despedirem e deixarem a forma de se contatarem depois da mudança.
Ela se sentiu triste:
_Que tragédia. Agora estou sem ter com quem concorrer.
O concorrente discordou, ele estava ali. Além do mais, os jovens adultos entravam no mercado com toda a vontade de vencer.
Algumas lágrimas cobriram-lhe o rosto. Sentiu-se mais velha, pensou no dia em que largaria os negócios.
O concorrente a acalmou dizendo para que ela esperasse pelos novos desafios. Ela continuava apta para lidar com os negócios e a competir. A empresa dela era a segunda maior daquele ramo de negócios. Não existiam motivos para tanta tristeza.
Para ela, no entanto, era como se tivesse sido obrigada a começar de novo, conhecer os novos competidores e vencer. Sentiu saudades.
Ainda inconformada disse ao concorrente:
_Se, algum dia, eu fizer algo semelhante, mande-me ao médico.
O concorrente concordou. Ambos almoçaram. Ele, feliz. Ela, indignada, comeu pouco.
Um comentário:
Uma história que demonstra um comportamento que existe em algumas pessoas que para se sentirem realizadas precisam estar competindo e não observam as boas conquistas dos outros
Um abraço.
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