Soneto Desencontrado
A graça desencontrada da vontade,
Ilhada na desdentada liberdade,
Num frio caldo de feijão, o sentido e o espaço
Do bem estar almoçado, e o desinchaço
Obtido noutro sorvete, a caridade
Bem vinda, mas congelada à fatuidade
Necessária, que engraçada seria ao falso,
E aliviadora de fato por compasso
Natural nesse disfarce da humildade
Sensível de toda dor da humanidade
Risível e ocasional de um passo a passo
De um soneto que é a medíocre vaidade
Da dor, que bem ausentada, diz saudade
Na espera d'uma palavra, o céu descalço.
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