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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

História de Chuva / Crônica do Cotidiano

História de Chuva

      Faz tempo, houve um mês chuvoso como este mês de setembro em Curitiba.

     Escrevo, principalmente para informar aos leitores que as secadoras de roupa pequenas, de estante ou parede, suprem as necessidades e valem o uso.

     Comprei uma secadora de roupas pequena, de marca que não existe mais, não estragava zíper e nem estourava botão, era boa, não mais que boa, e tinha um consumo de energia razoável para o bolso.

     Observo a chuva e lembro que, após um mês inteiro de chuvas, quando fez sol, muitos azulejos despencaram das paredes de vários lugares, e houve um movimento bom para os azulejistas da época.

     Até mesmo o livro que lia em meio as roupas secadas na secadora barata, e os azulejos que por aqui também caíram da parede, descrevia a situação como se fosse em outro país.

     Lia um romance sobre o clima na Irlanda, e das roupas que secavam próximas  a lareira de fogo à lenha,

e das botas especiais para usar nos campos e alagadiços para que os sapatos não molhassem e a friagem trouxesse doenças respiratórias.

     Era algo muito leve, um bestseller bastante criticado por ser o que chamam de água com açúcar, com final feliz.

     O final feliz era porque apesar da chuva, do frio, da vida rupestre, os personagens tinham ânimo, e as mulheres preparavam refeições e pães feitos em casa.

     Essa ambientação irlandesa, era partilhada, porque o livro era lido por duas pessoas, e quando eu cansava de ler, outra pessoa lia, e discutíamos o posicionamento das personagens diante da ambientação delas e da nossa.

     Muitos assados e poucas frituras ou cozidos naquele mês chuvoso, e agora éramos em quatro mulheres, as ddaqui de casa e as do livro, com problemas iguais d'uma cidade chuvosa em época própria e sazonal.

     Por fim, ríamos porque fazíamos as mesmas atividades que as nossas amigas irlandesas, incluindo-se as vaidades e a humildade necessária para comprar uma secadora barata porque não tínhamos lareira e lenha colhida no quintal.

     Termina o mês com parte dos azulejos desabando quando para a chuva e a parede sua o sol.

     O azulejista veio e colocou os azulejos no lugar.

     Aquele mês de chuvas acabara por ser grandioso, porque conversávamos diariamente com as nossas amigas virtuais irlandesas, com inúmeras ideias e pensamentos diferentes de toda e qualquer queixa.

     Chove bastante neste momento, mas as amigas irlandesas ainda estão por aqui, virtualmente, num livro lido à quatro mãos, com disputa para ver quem terminava o livro por primeiro.

     História de chuva pode ser válida em dia chuvoso, pode trazer sugestões e soluções aos problemas normais, até a compreensão de outras culturas, pois algumas residências irlandesas não usam azulejos, mas cimento reforçado nas paredes que estão em contato direto com o vapor de uma panela, mas por aqui tal tecnologia me é desconhecida, porque pela descrição é um ambiente aprazível de se estar.

     Grata pela leitura! 

 

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