Devagar Mamãe / Crônica de Supermercado
Ir ao supermercado durante o final de semana tem lá as suas vantagens. O m~es de janeiro já vai à metade e domingo, só se vai ao supermercado por algum motivo imperioso, como foi o de descobrir que o pão que estava sobre a mesa adquiriu alguns tons de verde, e mesmo sabendo que o que não mata, engorda, fui comprar pães.
O corredor de guloseimas é uma oportunidade para descobrir alguma oferta.
Além de descobrir uma oferta, vi um casal com um garoto pequeno de três ou quatro anos.
Caminhava devagar e ouvi a esposa dizer ao marido que se eles iriam passar pelo corredor de guloseimas com o garoto, ela iria se adiantar e que hoje seria o dia do papai dizer "não" ao menino.
A jovem mãe passou por mim apressada e quase não me viu, mas eu a desviei.
Eu procuro as ofertas e estava olhando preço por preço, até mesmo para comparar os preços com o outro supermercado, uma atitude válida.
Peguei o biscoito e ouvi o garoto perguntar ao pai pela mãe.
O pai disse que a mãe estava com pressa e estava lá na frente.
O menino não teve dúvidas e começou a gritar:
_Devagar mamãe! Devagar mamãe!
A mulher na saída do corredor das guloseimas.
O marido acompanhou o filho com um tom de voz normal:
_Devagar mamãe!
O homem desatou a rir do filho e da mulher.
Ela veio ao encontro dos dois voltando ao corredor das guloseimas.
Ele disse:
_Você ouviu o nosso filho pedir para que você andasse devagar?
Hoje a estratégia da mamãe não deu certo.
Hoje, o cotidiano me surpreendeu.
Penso que todo mundo precisa desses alimentos espirituais.
Bom domingo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário