Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quinta-feira, 31 de julho de 2025

Dinâmica

Dinâmica


Para me refazer,

Não fazer, contrassenso

Que acato quando penso

N'algo pra me aquecer,


  Dinâmica de ser

Sem que seja esse o imenso

Esforço do não intenso,

Mas também não esquecer


De ver o entardecer

E a linha por extenso

Nesse azul que é pretenso,

E que vai esvanecer


Até que o amanhecer

A refaça no lenço

Da névoa do bom senso,

E acordar por fazer.


quarta-feira, 30 de julho de 2025

Inteligência Artificial? Crônica do Cotidiano

 Inteligência Artificial? Crônica do Cotidiano


     Não que seja para rir, mas é.

     A amiga de um parente próximo veio fazer visita.

     Conversa vai, conversa vem, eu reclamei da falta de pessoas para atender o telefone no Serviço de Atendimento ao Consumidor e na facilidade com que diversos telefonemas de marketing acontecem no dia a dia.

     Eu não sabia que ela era a responsável por um departamento de I.A.- inteligência artificial.

     Eu tinha recebido diversos telefonemas e mensagens para que aproveitasse algumas promoções.

     Na semana passada tomei a decisão de ir até a loja e perguntar sobre a promoção para desfazer qualquer mal entendido que tivesse causado naquela conversa.

     Cheguei na loja e perguntei sobre preços e sugestões da empresa, e com tempo para conversar.

     O atendente fez diversas sugestões e gostei de uma das sugestões, ao que, solícito buscou os dados para me repassar.

     De repente um cheiro de café quente e recém passado chegou ao meu olfato.

     _Que cheiro bom. A cafeteria é próxima? Perguntei.

     Era a colega dele que tomava o café.

     O atendente pediu para que eu o aguardasse um momento.

     Pegou um copo de café para ele e trouxe um para mim, perguntando se eu gostava de muito açúcar ou pouco açúcar.

     Chegou mais um colega, rindo, e sem café.

     Conversávamos e tomávamos café numa reunião informal e divertida, todos rimos.

     O atendente se divertiu com a situação quando eu perguntei dos telefonemas.

     _Esse é o departamento da inteligência artificial. O pessoal do marketing toma água para hidratar a garganta.

     E nós, café, agradeci.

     Agora nem sei se elogio a Inteligência Artificial ou a cortesia com que recebi aquele copo descartável com café e pouco açúcar e a conversa animada cheia de promoções.

     Grata pela leitura. 

      

terça-feira, 29 de julho de 2025

Poncho

Poncho


Desta vez,

Tudo certo.

Longe e perto


Sou freguês;

Geada perto,

Me conserto


Sem talvez,

Me acoberto.

 

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Uma Pitada de Humanismo

Uma Pitada de Humanismo


Vontade de correr

Que é apenas a vontade,

E a vontade do ser

É sem serenidade,


A real, a de acontecer

Como tranquilidade

A escolher e escolher,

Quando é especialidade


Que só o outro pode ver

Com literalidade,

Pois somos mais que um ser,

Espelhos de se ver.


  

domingo, 27 de julho de 2025

Decorar

Decorar


Decorando o compasso,

É a música esse tempo

De bem estar escasso,


De varanda ou terraço

De um só contentamento

Quando se faz espaço


D'alma, desembaraço

De mim, ensinamento. 






 

sábado, 26 de julho de 2025

Desligada

Desligada


Tenho o tempo

Para o nada,

Esse nada


Pensamento

De fachada,

Descansada


Com o tempo,

Desligada. 

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Sem Pensar

Sem Pensar


Minha pintura

É sobre o tempo,

Mas com candura


E sem ranhura

Ao firmamento

Em linha obscura,


Nessa procura

De um pensamento.

 

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Delicadezas do Inverno

Delicadezas do Inverno


Aproveitar o frio,

Com a lareira acesa,

E próximo da mesa,

A manta e o seu macio


Aquecendo o vazio

E essa delicadeza

De geleia de framboesa

Do conforto ao extravio


De um longínquo assobio

De um livro sobre a mesa

Meio lido, meio sutil

Do sono e da leveza.


 

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Exaustão

Exaustão


Pensar até a exaustão

Resolver terminar,

Com ou sem solução;


Que se pense a questão

Até nela sonhar

A seta e a direção,


É que o sono é a razão

De melhor se pensar.




 

terça-feira, 22 de julho de 2025

A Alma e o Tempo

A Alma e o Tempo


Esse tempo da gente,

É onde a gente se cabe,

E o que a gente não sabe,

Por ser inteligente,


É que o tempo não sente,

Mas sabe sem que acabe

Ao dizer que não cale

Nesse verso o presente


Tempo da alma consciente,

Pois pra ela o tempo não age;

Humana é a arte "vintage"

De existir normalmente.  





 

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Matematicamente

Matematicamente


Vontade de ficar

Ao dia, por estudar,

E essa concentração

Precisa da ideação.


Como se a anestesiar

  O som da nota no ar

Que diz digitação;

Nessa interpretação


Se cessa  todo o idear

 E parece tocar

Por mecanização,

Estuda por razão.   

 

 

domingo, 20 de julho de 2025

Se Depender da Emoção / Crônica

Se Depender da Emoção / Crônica


     Por todos os lugares que vamos, conversamos.

     Eu, num desses lugares viajantes, disse que sentia falta de estar em casa.

     Agora, pela internet, assisto o vídeo, e ouço a única frase que disse antes de voltar para casa:

     "Eu quero voltar para casa".

      Bateu saudade, lembrei do cumprimento, e não sei de qual origem étnica, mas o moço ficou inesquecível ao me chamar de vovó, e pasmem, cheirar o meu rosto.

     Eu, naquele momento, tinha cheiro de vó. Seria o filtro solar?

      Sei que conversei com muita gente, e agora vejo a avenida deserta, sem ninguém.

     Ele e a família vendem sanduíches e queijo frito, do qual comi seis unidades junto ao guaraná, e muito feliz por encontrar guaraná.

     Se eu pudesse dizer algo, mas o que posso fazer além de sentir saudade de vocês, sem exagero de marshmallow, pela doce vó, conforme fui tratada.

     O título da postagem é:

     "O Melhor Segredo Revelado"

     É bom estar em casa, concordo, mas passear é uma oportunidade de fazer amigos.

     Se vocês soubessem o quanto gosto da organização daquela bagunça, e que hoje não existe mais.

     Comentei aqui em casa que parece que existe algo contra o bem estar com uma pitada de felicidade, e esse tipo de comportamento eu já observei por aqui também, onde aprendemos a sorrir sem sorrir para que ninguém observe quando estamos com esse estado de espírito.

     Esse não sorrir aprendi com um maestro numa escola de música.

     Ele disse com todas as letras que era burrice mostrar a felicidade porque muita gente gostava dos grandes dramas e tinham ciúmes de quem não via o mundo como uma máquina que desconhecia a sutileza das emoções bem vividas, e tinha outros propósitos de vida.

     Quanto a tristeza, o mesmo maestro dizia que mostrar a tristeza era como colocar um pedido para continuar nela.

     A teologia diz que ninguém precisa dizer o que Deus sabe, pois é normal para Deus o saber.

     Às vezes é praticamente impossível esconder as emoções, tendo como exemplo uma pesquisa da medicina bem sucedida, porque tal pesquisa beneficiará milhares de pessoas com um custo que tende a baixar na medida em que ficar disponível para muitas pessoas.

     Para algumas pessoas chorar de felicidade é fraqueza de espírito, mas enquanto humanos, é o valor de uma conquista evolutiva na saúde.

     O que dizer dessas ruas vazias e o ódio ao turismo?

     Eu diria para que as pessoas usufruam os seus minutos de folga ou repouso depois de um tratamento de saúde.

     Pessoalmente assisti dez filmes num sábado e num domingo em que tive que ficar em casa, mas quando pude sair, não resisti a um pacote de biscoito com dois biscoitos que custava um único real, e que compensou uma caminhada um pouco longa.

     De onde vem esse sentimento contra a alegria de estar bem, eu não sei, embora não concorde com ele.

     De qualquer modo, peço que continuem postando vídeos com uma ou duas frases essenciais, pois conscientiza a população turística da realidade, e através da realidade, a possibilidade de persuadir essas pessoas que não se satisfazem enquanto não transformam tudo em um sistema maquinalmente desumano.

     Um abraço da vó para vocês.


     Grata pela leitura.  

sábado, 19 de julho de 2025

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Tempo Quieto

Tempo Quieto


Poucos carros na rua

E a cabeça na lua,

Pensamento a vagar;


O inverno até se amua,

E o seu tempo pontua

Pronto a se amenizar


Nessa esfriada tão sua,

Um silêncio a escutar. 

quinta-feira, 17 de julho de 2025

A Crença

A Crença


O que não tem sentido,

Não tem, ou assim se pensa,

Porque parece ouvido


 O som do desmedido,

E dessa forma adensa

A nuvem, não o chovido


Visível nesse vidro

De Deus, e tudo é crença.



  

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Comentário sobre o Livro de Cícero : Saber Envelhecer


Comentário sobre o Livro de Cícero : Saber Envelhecer


     Cícero, no seu livro Saber Envelhecer, traz bons conselhos sobre a velhice.

     A velhice deve vir acompanhada da cordialidade, do cultivo dos bons relacionamentos, dos ambientes propícios para uma boa convivência consigo mesmo na velhice.

     O livro foi indicado por um livreiro, porque a tacanheza com a qual via a velhice chamou a atenção dele.

     Falava eu do fundador da Rede Globo e dizia que seria alguma dádiva ou sorte fundar uma emissora de televisão aos sessenta anos. Dizia também que a velhice deveria ser uma fila de acompanhamentos médicos, doenças e num entremeio alguns programas de televisão, caminhadas suaves enquanto fosse permitido, e uma falsa bondade para que fôssemos bem tratados, mas também dizia isso porque ouvi muitas e muitas vezes que lugar de idoso é num museu, como se a visita a um museu fosse enfadonho e não acréscimo de cultura.

     Comprei o livro e li e faz algum tempo.

     Ocorre que, de fato, a velhice mudou, e até mesmo a recente médica que elaborou as perguntas da pesquisa, mostrou como eu e tantas outras pessoas idosas estávamos fora do parâmetro da velhice, hoje considerados como atividades de antigamente.

     A médica está fazendo uma pesquisa sobre a terceira idade e fez várias perguntas, tais como se eu cozinhava, se tinha computador, se tricotava ou fazia crochê, se tinha lanches com amigas, se praticava algum passatempo, se estudava alguma língua estrangeira, se gostava de passear no shopping, etc.

     Foram inúmeras perguntas pessoais respondidas por todos os pacientes que estavam no consultório.

     Contei para a médica que tinha um blog e que gostava, e me fazia bem ter um blog.

     A médica disse que esse era um problema para os médicos em geral, conhecer a terceira idade e saber o que fazem, do que gostam e como essa chamada terceira idade lida com as dificuldades que surgem com a idade, algo que é natural e que se tem que conviver.

     A chamada "senhorinha" de antigamente é outra mulher e o "senhorzinho" é outro homem.

     As atividades da terceira idade são outras, eles aderiram a internet, eles vão ao shopping, eles praticam algum tipo de atividade física.

     No entanto, a terceira idade precisa ir mais vezes ao médico e não pode exacerbar os seus limites, pois pode prejudicar a saúde.

     Concordei porque existem fases em que sequer procuramos um médico porque nos sentimos bem, o que é errado e para todas as idades.

     Ela comentou que sim, as consultas eram necessárias, mas que evitar excessos de cuidados, ou hipocondria, é uma medida saudável, pois a hipocondria é um medo obsessivo de ficar doente, e tal medo precisa de auxílio médico.

     Os conselhos de Cícero são úteis, e foi bom ler o livro mesmo sem a pretensão de criar uma rede de televisão, mas a fase-velhice é outra e gostei de conversar com a médica sobre o que faço do tempo.

     Provavelmente a pesquisa será discutida em algum simpósio de geriatria, e depois de publicada nas revistas especializadas, virá ao público leigo.

     Para concluir, a velhice é outra e a minha geração é quem está vivendo essa nova velhice, e assim sendo que mantenhamos a disposição nessa fase ainda a ser decifrada pelas estatísticas.

     Os meus conceitos sobre velhice, com museu ou sem museu, ficaram a desejar, e todos teremos que experimentar a velhice do jeito que a tecnologia e a ciência permitir, o que, até pode ser bom, espero.

     Grata pela leitura.   

terça-feira, 15 de julho de 2025

Desconhecido

Desconhecido


Esse "eu" que escreve,

Que estranho é esse "eu"

Desconhecido


Da forma breve

E que pensa  o "eu"

Sem tempo, adido


De mim, mas leve,

Que escrito é meu,

Mas não é meu, lido.  

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Desde Aristóteles

Desde Aristóteles


A pesquisa,

Que realiza

Devaneando,


É a poetisa,

Que concisa,

E passeando


Concretiza,

Sempre orando.



 

domingo, 13 de julho de 2025

Imperfeitos Versos

Imperfeitos Versos


Parece interessante

A ideia, consertar versos,

Vírgulas ao incessante,

De poesia e universos;


Versar é algo inconstante,

Dos caminhos diversos

Fica como semblante

Agradecido, versos


Onde tudo é consoante

Na alma dos sons dispersos,

Mas atentos, ressoante

Deste nosso universo. 


  

sábado, 12 de julho de 2025

Nossas Rugas

Nossas Rugas


O tempo mostra as rugas, razão

Pelas quais a plástica não move,

E as quais mostram suave a expressão

Da amostra-grátis; que não se inove


Uma a uma a cada dia na inflexão

Natural, porque é dia que não chove

E não há seca, essa autoavaliação

Que compreende até quando se aprouve


De se enfeitar por motivação

Outra que não a prova de algum nove

Da longevidade, ou a pretensão

Do tempo que quis e não mais houve.


 

 

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Pesquisa Contínua

 Pesquisa Contínua


Ensinar

E aprender;

Respirar,


E o que é este ar

Que é sem ser

Por ventar,


E guardar

O saber.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Pessoas Admiráveis- Elza / Miniconto

 Pessoas Admiráveis-Elza / Miniconto


     Elza estava sozinha num país distante do seu.

     Perguntada sobre o que fazia num país distante sozinha, sem pestanejar, respondeu:

     _Quero ficar distante das minhas palavras críticas, das atitudes que o meu dinheiro permite tomar num mau momento e que se tornariam desfaçatez, quero me impedir de estar errada.

     Sem poder se soltar e conversar muito pelo fato de não ter um único conhecido no lugar, pegou um livro e ficou junto das pessoas. Participou das férias dos demais naquele presente oferecido a si mesma com toda a sua alma.

     Férias felizes e raras. 

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Em Busca da Civilidade Perdida

Em Busca da Civilidade Perdida


Busco a cultura

Do ano passado.

Cadê a cultura

Do arrazoado,


Sem amargura,

Bem cultuado

Numa leitura

Com tudo ao lado,


Que hoje figura

Mais que apressado,

Abreviatura

De um filme errado.



 

terça-feira, 8 de julho de 2025

De Lua

De Lua


Tempo de adaptação,

Férias, frio, e pensamento

Que passeia  na canção,


Pensa o ritmo a audição;

E de contentamento

Começa uma oração,


Aonde a observação

 Faz breve o apontamento.  

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Propaganda Artística

Propaganda Artística


A falta da arte

Fabrica arte,

E todo dia


Não fica à parte,

E sobra parte

Dessa alegria


N'alma, o seu encarte

De um seu bom dia.


 

domingo, 6 de julho de 2025

Sentido

Sentido


Bom é ter um sentido

E buscar o saber,

E se crer num sentido

Buscado por querer;


O caos não tem sentido

Sabendo-se a perder,

Contínuo é o seu movido,

 Saber a não se ter


Ou um saber-se perdido

Desnecessário ao ser,

Que o saber definido

Bem pode resolver.




 

sábado, 5 de julho de 2025

Férias

Férias


Ensinamento

E obrigação

São do momento

Satisfação,


Ser pensamento

E autogestão,

Um lenimento

E uma oração


Ao entendimento,

Preocupação

De um não lamento

A educação.


 

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Atletas ao Ar Livre Vistos da Janela

Atletas ao Ar Livre Vistos da Janela


Se soubessem que o frio não enobrece,

Que é preciso essa touca que aquece,

Além do sol, do céu azul parado,

Quando até parece enregelado,


Que ao olhar a geada se enternece,

E que tanto frio ninguém merece

Sem a proteção do agasalhado,

E que o algodão, quando acumulado,


Esquenta, passaria na quermesse,

Compraria várias, quantas pudesse,

Vestiria algumas e outra a seu lado

Ensinaria a ficar confortado.



quinta-feira, 3 de julho de 2025

Canções Diversas

Canções Diversas


 Mudar a decoração

Porque outra canção chega

Clássica, e a sensação


Pede essa anotação

Que aos ouvidos trafega,

E quer sua atenção,


E a isso não se diz não,

Um som ao qual se apega.


 

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Feito a Jornada

Feito a Jornada


Parcialmente congelada,

E a obrigação é alvissareira

Com a neve travesseira,

Que o dia frio feito jornada


Com meias quentes e gelada

   Chuva numa cristaleira

Desses vidros, confeiteira

Dos chuviscos, decorada


De cor desconsiderada,

E a rua fica faceira

De lãs e o que mais se queira

Na gente da caminhada.  

terça-feira, 1 de julho de 2025

Tempo de Chuva

Tempo de Chuva


Nessa tela sensível

Salpicada de imagem,

Enternece o visível

E todo filme é viagem


Pelo sentido crível

Do tempo na folhagem

Que cai e voa inacessível,

E  transmite a mensagem


De algo que é suscetível

De ser aprendizagem,

Subjetiva e invisível,

Se criar um pensamento.