Engenho
A ceva,
A leva,
O medo
Da ceva
Que leva
Segredo
De seva,
Rochedo.
É um blog com artes e contos, crônicas, comentários, imagens e, arteiros em geral
A Voz e o Universo
Coisa estranha é o pensamento
Passeador do seu universo,
Tão imenso e frági, nevoento
E mutável, também servo
Pelo seu temperamento
Na realização do verbo,
Princípio do firmamento
Com a voz eco do berço,
Humano é único talento
Que conversa o contraverso
E faz e cria um seu momento
Distraído, o seu extroverso.
Ao Vento
É outra a gente;
Tempo à mente
Já perdido,
Comovente,
Que se sente
Espargido
Levemente,
Conhecido.
Livro e Café
Desconectada,
Procura a rede
Ou na água, sede
Descafeinada
Que o café bebe
E dorme a rede;
Repaginada,
Um livro pede.
Arte em Observação
A significação
Enquanto extravagância
De toda a sensação,
Sente a arte sem distância,
E extrapola a razão,
Desconhece a vacância,
Por sorte ou condição,
E se faz circunstância
D'uma realização
Em sua exuberância,
Melhor definição
De ser a essa inconstância.
Ler e Não Entender / Reflexão
Vejam se é hora de descobrir tal definição. Por favor leiam com atenção os Mateus 12 31,32:
"Por esse motivo eu digo a vocês: Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo, não.
Agora cito Lucas 12,10:
"Todo aquele que disser uma palavra contra o Filho do homem será perdoado, mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, não.
Fui ao dicionário Google para tentar saber do que se trata essa blasfêmia contra o Espírito Santo, e lá está:
"É a negação deliberada, um contrassenso contra o Espírito Santo..
Vamos de Marcos 3, 29-30
"Qualquer porém que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu eterno."
Não entendi e nem imagino o que realmente seja, mas é o único pecado que não tem perdão.
Seria uma "falsa notícia contra o Espírito Santo"?
Se fosse fácil diríamos que Deus não perdoa as "fake news" desde sempre.
Encontrei algumas argumentações sobre o que chamam de vaidade, orgulho, e mais algumas outras parecidas, mas não satisfazem porque o texto é específico, e na Bíblia Salomão discorreu sobre a vaidade, e as más línguas dizem que ele se arrependeu da vaidade quando todas as mulheres com as quais havia contraído matrimônio envelheceram, e entra no rol das blasfêmias perdoáveis. Quanto os apóstolos, eles disseram que ao orgulho a humildade se impõe, portanto pecados perdoáveis através da repreensão.
Cheguei a uma conclusão inteligente: não sei o que é.
Que tal pecado deve ser avisado, deve, posto que suponha-se que alguém ache que é bobagem e saiba do que tal pecado diz, e o pratique deliberadamente. Não é bom nem pensar em tal acontecimento.
Essa coletânea chamada Bíblia foi escrita por setenta sábios magníficos, e eles decidiram que o conceito exato e imperdoável de blasfêmia era esse.
Acho que tem muita coisa melhor a fazer do que fofocar sobre o Espírito, e com muito respeito é que escrevo este texto.
Grata pela leitura.
Poesia Intercalada
Poesia intercalada
Na prosa a se pausar.
Sem porquê esse buscar,
Amostra bão pensada,
Que medida e pesada
Faz contextualizar
A prosa a se versar
Noutro livro a folhear
Onde a alma, de aliviada
Sente um outro espelhar,
Um poeta a encantar
A busca inesperada.
Tempo Necessário
Esse ponto de parada,
Descanso de não parar,
Pensar, lanchar, conversar,
E do nada, reanimada
Descansada e continuada
Pelo tempo nesse estar
Solta, mas organizada
E encontrado é o acreditar.
Sobre Novelas / Comentário
Leio ao acaso que uma emissora fará o "Remake" de uma novela, mas com modificações para que o público evangélico assista.
Para começar, posso dizer que não assisti a novela na edição original, e era Romana. Ninguém aqui em casa assistiu.
Agora, evangélica, não pretendo assistir, mas com outro argumento.
Penso que as mulheres títulos de livros de Jorge Amado, são personagens especiais, mulheres articuladas, e com possibilidades especiais.
Devo confessar que, neste ano, por acaso do destino, já li seis livros de Jorge Amado, e principalmente porque os ganhei de presente.
São muitas as mulheres de Jorge Amado nos seus livros, mas existem as regras comuns, a que sonha ser artista, a que se realiza estando lado a lado com o marido, a que resolve todos os problemas da casa nos meios rurais, enfim cada uma delas ama do seu jeito, e todas dentro das suas particularidades.
Os evangélicos leem. Não existe problema nenhum com os livros ou com o que contém. Crer em Deus não significa modificar o mundo, mas edificar a si mesma de acordo com os Evangelhos.
A interpretação fica modificada, e sendo assim, Dona Flor tem problemas neurológicos, o que a torna inocente quando submersa nas visões que o seu cérebro produz, ou fantasia uma vida monótona.
A Tieta é a articulada, e o que ela pretende é ser quem manda, e paga o preço para tal poder.
E assim por diante as interpretações das novelas são levadas para a edificação sobre as naturezas especiais com condições especiais que tais mulheres têm com elas mesmas.
Provavelmente, as mais tradicionais não assistam, e troquem por histórias evangélicas que contam da transformação benéfica que Jesus trouxe à vida delas, e tal comentário não ofende a igreja, antes demonstra o quão benéfico são as suas lições.
Não é necessário modificar a obra de nenhum autos para conquistar um público, mas é necessário, e não deixo de dizer, que as emissoras de televisão pesquisem o que o público poderia gostar de assistir.
Novamente não assistirei, porque a mairia das personagens femininas não se enquadra nesse perfil.
Aproveito para dizer que as evangélicas podem ir ao cinema, podem se maquiar, podem cortar o cabelo, pois faz parte do universo feminino e até mesmo da higiene e da apresentação pessoal.
Ninguém deixa de ser evangélica porque lê um livro ou assiste a uma novela, mas por se deixar influenciar por atitudes que as afastam de Deus.
Se ganhei de presente quase toda a coleção dos livros de Jorge Amado, li, porque era para saber, mas personagem é personagem e vida real é vida real, e gostaria também de frisar este pensamento para os aficcionados das redes sociais e confundem as atitudes virtuais com as razoáveis na vida real.
Grata pela leitura.
Passageira
Espaço imenso
É o caminhar
Contado e extenso;
Sabê-lo intenso,
Mas apreciar
Um céu pretenso
E cinza, que denso
Vem a molhar.
Musicado
Pensamento
Musicado,
Sempre ao lado,
Sempre ao tempo
Dedicado;
Descansado
De um momento,
Descansado.
Interação
Uma interpretação
Ao universo adjetivo
De toda recreação
Nessa busca e objetivo;
Tudo é motivação,
Mesmo repetitivo,
Mesmo musculação,
Máquina do atrativo
Na modernização
Da saúde, do convívio
Em apresentação,
Válido lenitivo
À informatização,
Ou parada num livro,
Lazer da educação,
Sem ter substitutivo.
Sabor de Casa
Atividades,
Depois feriado
Recomeçado
Com boa vontade,
Café da tarde
Com pão recheado;
Leite Maquiado,
Simplicidade
Por ser verdade,
Mas saboreado
E elaborado
Nessa vontade.
Consideração
Momento diferente
Há que se respeitar,
Mesmo que infrequente
E por considerar
A sinergia latente,
A energia a se soltar
E voltar para a gente
Outra, e a modificar
O constante presente
Só por se constatar
Que vem inversamente,
E que existe a voltar.
Isso é Crônica?
Faz já algum tempo, mas tentarei escrever uma crônica no estilo ficção-fantástica.
Estava semi-acordada, ao que os antigos hippies chamariam de transe. Carregava um saco de batatas nas costas, o que me fazia curvar-me diante da caminhada.
Em torno olhares de alegria por ser dez para as oito da manhã naquele frio que nos obrigava a usar botas.
A comunicação com o amigo Senhor estava bloqueada.
Pedi desculpas ao Senhor e disse sem conversas rotineiras hoje.
Abri o Youtube ainda pedindo desculpas pela ausência do diálogo, e na mesma hora o saco de batatas desapareceu das minhas costas e em seu lugar, nada que me impedisse de manter a postura.
Despertei daquele estado sonolento aliviada, somente aliviada, mais nada.
Depois dessa ausência do saco de batatas nas costas, volto a mim, não cheia de esperanças, mas muito menos preocupada e com vontade de fazer chuva de papéis picados, ou pelo menos faziam alguns anos atrás nas megalópolis.
Continuo com as obrigações da rotina.
Nessas idas e vindas observei que pessoas da igreja acolhiam desabrigados os levando de Kombi para algum conforto, e os desvalidos aceitavam de bom grado.
Enquanto atravesso a rua, passa um morador de rua fugindo e se dizendo feliz porque ninguém o separaria do seu cd-player com rádio de tamanho médio.
Tais fatos são possíveis em Curitiba, porque noutra cidade, ao sair para comprar lanche, uma moça da loja de doces disse que admirava a senhorinha feliz que não presenciou o assalto à mão armada e que provavelmente pensava que a viatura da polícia estacionada do outro lado da rua seria para proteger os pedestres.
O que interessa é dizer que sorri para o pessoal da igreja e achei louvável dar a oportunidade para que aquela gente naquele dia frio e chuvoso tivesse abrigo. Interessa que sorri para o mendigo que fugiu do abrigo ,colocando a sua música e a possibilidade de se comunicar com o mundo cotidiano fosse real, ao invés do calor de um abrigo, e que também sorri para a vendedora de doces por me informar da situação que se passava do outro lado da rua.
E se sorri, foi por não ter o saco de batatas nas costas, retirado num momento de bloqueio espiritual.
Cuidadosamente procuro um livro que me ajude a compreender o tal saco de batatas, e até me surgiu uma frase genial:
"Livros machucam."
Esta frase, no entanto é fáctica, pois na minha pilha de livros não lidos fui mexer, e aconteceu que uns quatro ou cinco livros caíram e causaram leves arranhões.
Vou às sinopses e detalhes pela internet, mas penso que é a meta-física que agiu, algo que não se pode evitar, nem acreditar demais, mas que merece uma leitura básica em tal contexto.
Grata pela leitura.
Motivação
Tempo é momento
De se mostrar
Dom e talento;
De se espelhar,
Ou movimento,
Esse espalhar
Do pensamento
Vem p'ra se doar
Contentamento,
E motivar
Em qualquer tempo
O caminhar.
Indriso Bucólico
Saber quem saiba,
O livro diz
Da luz, do giz
De antiga saia,
Quadro feliz
Que se bendiz,
E que ainda caiba
Ser aprendiz.
A Perfeição é Dele
Traços mudados
E outro afazer
Com outros dados,
Aconselhados
Na fé, e a escrever
Por outros lados;
São os abrigados
Depois de ler.
Intuição
Meio cansativa,
A caminhada
Decorativa,
Porque intuitiva
E imaginada
Faz-se criativa
Quando motiva
E é continuada.
Física
Bolha de nível,
Tudo no lugar
Inverossímil
Em curva crível
A se notar
Que foi possível,
Mesmo sensível
Por calcular.
D'alma
Inspiração
De vez em quando,
Sem saber quando;
Aparição
Que não tem mando,
E segue voando
Numa audição
Cantarolando.
Tempo Levado
Planejar a falta de tempo,
Tempo útil de quebra-cabeça
Com peças sem ser passatempo
Num ritmo levado da breca,
Com muito desconhecimento
A querer ser sem que se peça,
A retórica e o fundamento
Desse tempo, que assim começa
Arranjado em seu apressamento
Explicado com fresta e brecha
Que motiva o seu passo atento
Com seu foco, o que não refresca.
Mania
Esta mania consonante,
Que não basta e não é bastante,
É desta alma o seu alimento
Moderado ao pensamento
Encadernada e constante,
Anotada e bem falante,
Musicada a seu momento
Desta escrita em movimento,
Modo-contínuo-incessante
Tornando-se interessante
A cada som no seu tempo,
E todo o tempo argumento.
Único
Adivinhar
Por não saber
Idealizar
Um vir a ser,
Ou se historiar,
Vem de esquecer
De descansar,
Que é humano o ser;
Poetizar
E oferecer
Todo um versar,
Mas não se ler.
Microprosa Poética
A flor pousou sobre o para-brisa do automóvel, vinda de algum lugar desconhecido, e ali ficou por diversas paradas, descidas e retornos, até que, num semáforo fechado e sem trânsito, resolveu voar, subindo em direção contrária, e pousou, e onde será que pousou, pergunta-se ao invisível, mas ao lado havia um descobrimento, e tudo ise tornou mpossível de compreender.
Obediência
Planos mudados
Não mais os faço
Arrematados;
Fiquem mudados,
Faço que traço
Longe aos quadrados
Arredondados,
Divino abraço;
Pensa o Dia
Muda o dia,
Correria
Desse tempo
É água fria,
Filtra o dia
Sabre o tempo
Desse dia
Num assento.
Acontece
Nada especial
Se permanece
O que te aquece,
Mesmo virtual
E que enternece
Porque acontece
Algo que é igual
E se conhece.
Sentido de Oração
Liberar a saudade
E a todos abençoar
Com toda boa vontade,
Não pela amizade,
Mas por necessitar
Da espiritualidade
Da dinina bondade
Que é a luz do caminhar.