Desconcertada Promoção
Humano formatado
Não vai ao supermercado,
E não presta atenção;
Na melhor intenção
Termina sugestionado
Que o tempo está a seu lado
E fica na imprecisão
E tudo é admiração
Do prato ao congelado,
Ou pensa o refogado
E o preço do fogão,
Fugaz é a promoção.
De Nada em Pucos Segundos / Reflexão
São os desastres narurais mundo afora, são as diversas humanidades discutidas incansavelmente e isso é bom para o ser humano, e tantas filosofias nas pscológicas subjetividades, mas para além de tudo o que se sabe, há o inexplicável.
O inexplicável não se confunde com Deus.
O inexplicável vem do entendimento da inexplicação de algo.
Até mesmo o asteróide que será chamado de Mini Lua e que ficaré no céu a ser observável tem explicação, mas palavras em comum, não.
Esse eco da palavra que faz tanto sentido, num lugar improvável, ou uma oração atendida em alguns segundos, nesse intervalo de tempo desconhecido, enfim, são essas coisas que me intrigam.
O que pode ser isso, não de faz a menor ideia.
São essas estranhezas que me pegam de surpresa.
Os fatos do espírito, fatos não visíveis, mas realizáveis de fato.
Afirmo que não se traduz em religião, mas ao contrário, não consegui orar e, disse em pensamento para Deus que naquele momento não conseguia me conectar com ele, e que iria me distrair na internet. Em poucos segundos, abri a internet e o que me impedia de fazer orações foi resolvido no primeiro link.
E se procurar razão, sentido, filosofia, psicologia, matemática, não se explica.
À noite, naquele dia, orei, ou conversei com Deus, e muito à vontade, agradeci a reconexão, até mesmo feliz.
O eco da palavra, meu pensamento, foi-me dito, mas isso qualquer expert de comunicações pode explicar.
Mas tem mais, meu caro Shakespeare.
Boa História de Boa Memória / Crônica
Conhecimento corrente de antigamente, enquanto conselho amigo, era não ouvir rádio.
Ouvir rádio era muito perigoso nos tempos da chamada guerra fria.
A inteligência cansava o espírito, e dessa forma os discos de vinil rodavam, ainda em 78 rotações nas casas que possuiam "radiolas" wifi, e eram caras, e davam status a quem as possuia.
Algumas emissoras de rádiocomunicação, à noite faziam as vezes de correio de voz através dos recados enviados e recebidos país adentro.
Por ser considerada de risco, perdiam-se algumas boas histórias.
E essa história não são da história falada, mas as interpretações a que poderiam sugerir aos ouvintes estados de espírito pelas motivações subjetivas, assim como hoje são as informações de trânsito, sob as quais muitas vezes mudamos os trajetos traçados ao sair de casa.
Para exemplicar o perigo, lembro a história da Chapeuzinho, que ao mudar o trajeto para ir até a casa da avó, conseguiu problemas.
No entanto, os avisos de trânsito evitam transtornos de congestionamento para todo um público conectado à emissora num mesmo instante, útil para todos.
Alguns minutos com o rádio ligado e os pensamentos se questionaram e responderam àquelas indagações.
A questão é a de que os fios da meada tecidos auditivamente são individuais e particulares, e agregam histórias e filosofias de vida pessoais.
Concordo com aquele ditado de antigamente, e ouvir rádio ainda é perigoso.
O tempo é para ser utilizado, mas pense nisso, caro leitor.
Grata pela leitura.
Rápido Pensamento
Agradecer
É dizer não;
Não há de ser
Sem alma o ser,
Mas a emoção
De se querer
E se saber
Por convicção.
Avatar da Gente
Nesse mundo de avatar,
Eu que sou de antigamenteté
Estou bem, mas descontente
Por ter que simbolizar
Figurinha a se encontrar
E que um humor represente,
Obrigação do inconsciente
De um tempo a desperdiçar,
Colorindo esse buscar
Numa história não frequente,
E no entanto convincente,
E por gostar, continuar.
Horizonte
Monte e desmonte
Peça por peça.
Depois remonte,
Aquela fonte
Com água à beça,
Riacho e ponte
Sob o horizonte;
Nada te impeça.
Ambulante
Desatenta
E pensante
E acalenta;
Chuva lenta
E faiscante
Que reinventa,
E se assenta,
Ambulante.
Momento Relâmpago
As luz, o clima, e o tempo
Ajudam a pensar,
Enquanto nevoento
O quão rápido é o tempo
Da chuva sem te molhar.
Raro é não alvotoçar
Esse temperamento,
Acolhimento de estar.
Vento Frio
Um vento frio,
Meio invernal,
Chegou ao quintal.
Sem nenhum pio,
Vê-se o pardal
Neste quintal
Tão meu e arredio,
Mas presencial.
Mundo Simbólico
Mirológica lua
Com dragão mencionado
Em simbólica rua,
Nesse sol apagado
Cavalgando sem chuva
O homem santificado
Visível à luz nua,
Que vai polemizado
Ao cavalo que adula
Num salto idealizado,
Saiu da Terra e foi a Lua
No Pégasus alado.
Intuição
Quanto ao ser subjetivo,
Vale ser intuitivo,
E à vitrine se ver,
E se ver adjetivo
Sem querer, objetivo
De não se envaidecer,
Porque da alma é o motivo
Desconhecido ao ser.
Momento de Abrandar-se
Pode ser que dê certo,
E baste planejar
Com o que se tem perto,
Com água a refrescar
Nesse copo coberto
Com gelo a salpicar,
Que do sono desperto
A querer continuar
Nesse sorriso aberto
Depois de descansar,
E ao espreguiçar liberto
Um querer continuar.
Em Toda Parte
Calor em toda parte,
Mas a chuva empoeirada
Assusta, porque encarde
A sombra, se molhada.
Estranho é esse descarte
Da água, que evaporada,
Caia numa tênue tarde
Sobre o café centrada,
Fim de tarde a escapar-te
Na cidade avisada,
Num pôr-do-sol que ainda arde
Numa esquina apressada.
Sem Nexo
Sexto-sentido,
Discernimento
Sem senso obtido
E desprovido
De ciência ou tempo,
Que faz sentido,
Se decidido
Dentro do tempo.
Saudade: Mazza em dois Momentos
Momento 1: Há mais de trinta anosm na saída da Banca de Jornais, o convite para ouví-lo no rádio. E ouvimos até o último comentário, em julho;
Momento 2: Num jantar em que ele colocou para conversar e jantarmos juntas eu e a filha dele, algo que até hoje agradeço.
Com certeza Deus confortará a família, mas a saudade fica.
Valeu, Mazza!
Versatilidade
Fase de aprendizagem,
Por conselho e vontade
De acrescentar bagagem
À ciência e à fatuidade,
Circunstância e paragem,
Onde a habilidade
Precisa dessa aragem
Que é sentir saciedade
Numa camaradagem
Da subjetividade
Profícua na roupagem
Da versatilidade.
Dedilhado Trocado
Do que fala
Este tempo
Que se cala
Junto à sala
Nun nomento
Nessa escala
Onde embala
O pensamento?
Duas Vozes
Domingo-feriado
Bem aproveitado,
Resumo de livro,
Não; capa ao folheado,
Contracapa ao lado,
Mas é digressivo
E já foi filmado.
Toda escolha é crivo.
Ao Livro
Relicário
Visionário,
Livro à mão
Nesse raro
Traço vário,
Tradução
Do antiquário
Da emoção.
Positividade / Crônica do Cotidiano
Não é porque o final de semana vem chegando, e aqui com dois feriados consecutivos que se uniram ao sábado e ao domingo, mas estas observações vieram de interações boas.
A primeira veio de uma resposta absolutamente inesperada e feliz:
_Liga não, o que eles querem é que a senhora seja feliz à maneira deles.
Se existe algo difícil é ser feliz ao modo dos outros.
Desta forma comecei a observar habilidades de outras mulheres e que não são as minhas.
Aquela mulher que cuida da fazenda, atende o capataz, verifica as plantações, e se resolve sem medo dos perigos do campo, é admirável e feliz. Outro dia encontrei uma conhecida que disse que não volta para a cidade, a não ser que precise, porque está bem e consegue quase tudo o que precisa no quintal.
Aquela outra, que viaja e para nos postos de combustível, e diz que se sente muito bem naquele trânsito, também é admirável.
E tantas outras mulheres que se realizam como aeromoças, merecem os nossos cumprimentos.
O fato é que a gente só pode ser feliz à maneira da gente.
Não era gente da igreja.
Foi o aparte mais interessante da semana.
Grata pela leitura.
Para-Raios
A chuva agita
A alma infinita
Frente à janela
Que treme e fita
O ar que palpita
Numa aquarela,
Um pouco aflita
E com cautela.
Liberdade
Guardo comigo o sorriso
Que te dou nesse presente,
Que ainda é seu por improviso
Nesse nome surpreendente,
De um amor terno e preciso
Numa decisão emergente,
Rápida e por desaviso
Da saudade, dor frequente
Que o tempo traz ao diviso
Libertado da corrente,
Porque o tempo traz o "ciso",
Mas, às vezes felizmente.
Leituras Difíceis
Motivo e continuação,
Leitura que vai estudada
É via de meditação
Sobre o texto da opinião
Necessária, conversada
Até que seja exaustão,
Livro da interpretação,
Posto que se faz jornada.
Questão Sensível
Todo e qualquer crescimento
Faz-se individualizado
Na alma, e tal divertimento
De Deus é modificado
A todo instante no tempo,
Pois ninguém é pré-moldado,
E o ser precisa o momento,
Sem que precise o engajado
Do seu bom discernimento,
Ou de tê-lo priorizado
Ao mover do pensamento,
Mas exige todo um cuidado.
Sem Teoria para o Acaso / Reflexão
A maioria dos acontecimentos têm uma explicação sensata.
O que me perturba é o que não tem senso, motivo, razão, ou teoria válida, ou seja essa certeza de que a casualidade existe.
Casualidade, nesse caso, não envolve a vontade, ou uma escolha ou atitude, nem nada que seja material ou irreal.
Posso exemplificar com uma invenção culinária durante a semana.
Na hora de sair para providenciar o almoço, houve uma interrupção na rua. Restou abrir a geladeira para improvisar um lanche para o almoço.
Dessa maneira, peguei o pacote de peixe congelado, uma cebola, uma lata de tomates inteiros, um pouco de sal, um pouco de óleo, e uma xicara de água.
Coloquei o peixe congelado, a medida de sal, a cebola e o óleo.
Ao ouvir frigir a cebola, adicionei a xícara com água. Ao descongelar o peixe e separar, pois era uma única pedra de gelo, adicionei a lata de tomates inteiros, e após 20 minutos, almocei.
Não sobrou nada do peixe surpreendente e delicioso.
O acaso obriga a criar, a experimentar e verificar o que foi feito dele.
Até o momento do acaso, o peixe seria assado.
O acaso não corresponde à teoria do caos, pois é bem mais simples de ser resolvido, porque quando há o caos, Deus é quem resolve, e humanamente mal se pode interferir, apenas ajudar uma e outra pessoa que estejam dentro das possibilidades de serem ajudadas.
A dimensão de um acaso é mínima, mas é capaz de alterar o dia e as escolhas a serem feitas naquele dia.
É muito difícil racionalizar o acaso, mas parece que ele tem sentido nele mesmo, e nem é possível sistematizar ou compreender esse evento.
Parece que o acaso existe, acontece e é necessário agir positivamente, usar a criatividade, ou mudar de atitude e escolha.
Enfim, como não adianta elaborar teorias, o jeito é apreciar o que pode ser feito, o que, às vezes, é a melhor ideia do dia.
Grata pela leitura.
