Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

sexta-feira, 31 de maio de 2024

Pensamento Invernal

Pensamento Invernal


Começa a esfriar,

E este caminhar

Se faz consciente

Com gelo presente


Porque este esfriar,

Mesmo sem nevar

Por perto, é petencente

A muito mais gente,


O que é de assustar,

Mas esperançar,

Aquece o dia e a gente,

É comida quente.



 

 

quinta-feira, 30 de maio de 2024

Gabolice

Gabolice


A não ser que se diga

Com mão em forma de figa,

 Nada é quando não cabe,


 Talismã a que se abriga,

Sem o qual é uma urtiga,

Mas coceira não se sabe;


No entanto não se diga

Palavra que se gabe.


 

quarta-feira, 29 de maio de 2024

Simbolismo

Simbolismo


Recordação

De ensinamento

É gratidão;


Nessa razão,

Um mandamento

Se faz função


De viração,

Não complemento.



 

terça-feira, 28 de maio de 2024

Palestra

Palestra


Em cada palestra,

Um aprendizado;

Janela à seresta,


Mesmo à chuva é fresta

 De luz do encantado,

Que a sombra refresca


O tempo que encrespa,

Novo é esse ensinado.


 

 

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Cultura Básica

Cultura Básica


Cultura que é adequada

 Ao "eu", jamais dispensada

Por vontade ou solução,

Pois dispensa adequação,


É solução bem pensada,

Obediente à Deus, falada

Com precisa convicção,

Se transforma em direção


A ser seguida e pausada,

Mas sobretudo mostrada,

Culturalmente, e em doação,

Sem importar o sim ou o não. 

domingo, 26 de maio de 2024

sábado, 25 de maio de 2024

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Deidade do Tempo

Deidade do Tempo


Não percebe este tempo

Quão rápido é o momento

Da sutil realidade;


Não percebe o momento

Que um instante é fomento

Que cria a maturidade;


E que o tempo não é tempo

Sem naturalidade. 

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Causo de Deus / Miniconto

 Causo de Deus / Miniconto


     Viu três vezes, acredita, corre atrá que a verdade aparece. Mais antigo que o ditado, só mesmo vivenciando a experiência.

     A mulher levanta cedo e segue o dia até a hora de deitar e dormir para o feito do dia seguinte.

     E assim passa um dia, um mês, um ano, dois anos e já se perde a conta de quanto tempo leva a vida desse jeito.

     De vez em quando, sai para comprar uns biscoitos, dos quais ela gosta de comer um ou dois no lanche que faz à noite, bem anres de deitar.

     Nessas idas até a mercearia para comprar os seus biscoitos, ela ouve uma vez:

     _Tem algo errado no seu caminho.

     Passa o tempo, e de novo, ao ir comprar biscoitos, ouve:

     _Tem algo errado no seu caminho.

     Na terceira vez em que ela ouve, ela vai até a igreja fazer orações, ou rezar, porque ela é católica.

     Ao entrar na igreja e se ajoelhar, o diácono vem e diz que, embora não a conhecesse, tanto foi que falaram dela, que ele andou perguntando dela na saída da novena.

     O diácono soube, que embora ela levasse a vida simplesmente, rezavam para que ela fosse ter com o demônio.

     _O que é isso, seu diácono.

     O diácono disse que a sua maneira simples e reservada estava fazendo com que o povo criasse crendices a respeito dela, mas que era religioso e, que não se permitia dizer mais nada.

     Rosalva resolveu ir na panificadora, a qual sabia do que se passava no bairro, a fim de tentar descobrir o que se passava, algum murmúrio, ou coisa assim.

     Soube, mas a fala do povo era tanta, que soube de tudo de uma vez. 

     Todos os fregueses da panificadora souberam tudo de uma vez.

     Alguns perceberam o problema, não o da Rosalva, mas o do diácono, que não aguentava mais rezar para espantar o demônio, sabendo que a Rosalva poderia se machucar sem saber o porquê.

     _Benza Deus que avisaram ela. Benza Deus que ela sabe o que se passa.

     Rosalva ficou braba não, ao contrário, achou que Deus tinha intervido a seu favor.

     Foi até a igreja para agradecer.

     O diácono respondeu que era pela vida que agiu.

     _Como assim, diácono.

     Ele respondeu que rezaria melhor dali em diante, e não disse mais nada.

     Causo de Deus, pensou ela, e que bom era saber.

     A vida simples que levava tinha que continuar, mas agora diferente, seria uma vida rezada por Deus.

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Cômicos Calçados

Cômicos Calçados


Os calçados e a cidade,

Estranha disparidade

De conforto relativo

 E ambíguo, superlativo


Desconhecido e à vontade

Na sua calosidade,

Porque se faz restritivo

E se torna impeditivo


Por mera comicidade,

E perde a praticidade

Sem sequer ter um motivo,

À compras impositivo.

terça-feira, 21 de maio de 2024

Libertação

Libertação


Verdade é luz

Que vem da cuz,

Sem explicar,


Tira o pus

A olhos nús

Sem disfarçar;


Bendita é a luz

Sempre a guiar. 

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Entonação

Entonação


A voz do tema,

Dificuldade

Deste fonema;


Repete o tema

Com a humildade,

Mas o problema


Resolve o tema

Com propriedade.


 

domingo, 19 de maio de 2024

Consciência



Consciência


Propósito modificado

Constantemente é a obediência

Querida pelo abençoado,



E quando vem do Abençoado,

Nasce na humana luz a ciência

Com fé ao percurso a ser trilhado.


Começo da semana dado,

E todo amanhã é uma consciência.  

sábado, 18 de maio de 2024

De Costas para a Sereia / Crônica do Absurdo

 De Costas para a Sereia / Crônica do Absurdo


     Se olhar para a praia e ver algo que não seja mar, areia, ou caranguejo, senta-te de costas, é a tua imaginação.

     Senta comigo, que frase maravilhosa!

     Tomar café da manhã com a Argentina e aprender a apreciar bagel, um pãozinho salgado com linguiça calabresa picada por cima.

     Foram dezenas de empréstimos de luz e de amizade com desconhecidos.

     Na esquina do mundo éramos dezenas de solitários em família.

     Alguns moradores de rua passavam para nos observar,e na rua ele pediu trocado a um homem, e este homem lhe deu cinquenta, sob o olhar estranho da esposa. 

     Os pastores repetiam sem para que se não amássemos uns aos outros, a nossa açma não descansa, e na rádio se falava sobre a vingança como perniciosa, pois nunca satisfaz a alma, e sempre se quer mais, enquanto que a benevolência sacia e nos faz andar por outros caminhos.

     Já, o canto da sereia e as possíveis formas avistadas seriam mortais, que não a deixássemos cantar, e muito menos que se virasse e nos visse.

     A argentina estava sozinha e observava o mar sozinha, precisava das algazarras do pátio.

     Não era um navio, mas estávamos em um mesmo barco naquela varanda do mundo.

     Era uma estranha sensação familiar, e de boa fé nas coisas que a natureza e as cidades podem oferecer.

     A familiaridade era tanta, que me chamaram a atenção quanto a calça de linho que vesti pela manhã, advertindo-me que parecia um pijama panamenho e masculino, e que se não era isto, que trocasse de roupa. Amei, e coloquei um vestido.

     Difícil é experimentar tudo isso e dizer que nada mudou.

     O ser humano pode ser ótimo, mas depende dele querer ser melhor.

     Grata pela leitura.   

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Não Somos Nós / Crônica do Absurdo

 Não Somos Nós / Crônica do Absurdo


     Parece que as palavras precisam ser ditas, mas estão reprimidas, e elas são ditas de qualquer modo e em qualquer lugar.

     Uma miscelânia de gente falando porque precisa ser escutada e acha essencial que os escutem para que a realidade e a imaginação façam sentido.

     As frases se sucedem, gostemos ou bão de ouví-las, além de ideologias e crenças.

     Repetirei algumas como foram ditas e por quem foram ditas, sem sequência, mas com sentido, e dentro do absurdo, ouvidas.

     _Sabemos do movimento no sentido da dissolução das famílias brasileiras, aquelas estruturadas, com o chamado chefe da família sendo destituído ou destruído. Não sabemos, no entanto, de onde parte esses ataques contra a estruturação tradicional das família. É preciso dizer que, não somos nós, os cubanos, os responsáveis pela destruição dos chefes de família, mas acompanhamos esste movimento com atenção.

     _Nós americanos, não temos os direitos sociais que os brasileiros têm. O Brasil é um país que, segundo o nosso ponto de vista, age com paternalismo, e talvez sejam os diversas problemas que surgem, que façam com que o governo tenha programas de atendimentos diversos à população. O que se passa com a família brasileira, talvez possa ser resolvida através das igrejas.

     __Eu fiquei de cama vinte e cinco dias, e eu compro milhas todos os meses nas companhias aéreas. Quando recebi alta, liguei para ver com quantas conexões eu conseguiria viajar, e disseram quatro. Não pensei nem mais um minuto. Comprei o bilhete para passar três dias em um hotel. No hotel, a recepção perguntou se eu estava sozinha na cidade. Respondi que não, que estava ali para visitar um sobrinho. Saí de manhã até o fim de tarde para descansar, pois as dores musculares que a dengue deixa são muito fortes. Não interessa, saí.

     _Não é questão de cancelar a cidade, é que você passa por ali e é cercada, parece que está errado fazer turismo em certas cidades turísticas brasileiras. Pode ser bonita, mas não vale a pena ouvir a pergunta sobre aque veio, e como é que conseguiu um fim de semana de folga.

     Eram conversas como que se todos estivessem de acordo e fizessem parte de um grupo excluído, e discutia-se a situação da família, enquanto o que se constatava era uma multidão de pessoas sozinhas.

     No entanto, que fique esclarecido que as famílias precisam cuidar do seu chefe, mesmo que se um ponto de vista patriarcal.

     Ainda tem gente com coragem para perguntar se a lenda das mulheres Amazonas é real, ou pior, se as mulheres criam bandos para dominarem a sociedade e extinguirem a sociedade originada nas famílias.

     Para concluir: não são os cubanos e nem os americanos, e também não somos nós, essa turma que conversa como se o planeta estivesse ali.

     Grata pela leitura.    

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Luau

Luau


Fica a noite de luar

Em suave parceria

Em pensamentos ao mar,

E não havia peixe ou lugar,


Mas um luau de conversar

Sobre o dia e sem fantasia,

E dizia no areal o arejar

De um toldo que nos sorria,


Sob um céu de beira-lar,

Onde é possível a via

Sem querê-la num sombrear,

E ventava e não chovia.


 

 

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Procure um Médico / Crônica do Absurdo

 Procure um Médico / Crônica do Absurdo


     Estava num congestionamento quilométrico e com cruzamento de avenidas. Meia volta pela esquerda, ruas pequenas, e fim do congestionamento.

     Pela rádio, a história:

     Uma mulher, com um automóvel Porsche novo estacionou o veículo apropriadamente, ligou o alarme, deixou a chave no pára-brisas, e os documentos dela dentro da bolsa com cartões e dinheiro, sobre o capô, andou alguns metros e pulou da ponte. Os bombeiros vieram para salvá-la, mas até aquele momento não se sabia o fim da história.

     Pela rádio pedia-se para evitar aquelas avenidas.

     Alguns riam da história e outros reclamavam via mensagem de texto o tempo de espera, que era de mais de uma hora.

     O fim da história não se sabe, ou eu não fiquei acompanhando pela rádio.

     Ainda hoje de manhã, ouvi um comentário entre amigos dizendo que buscar um médico pode ser útil quando se chega ao limite da angústia ou cansaço, e que não importa a faixa de renda da pessoa, porque qualquer pessoa está sujeita a ficar estafada.

     Entre as risadas sobre o estresse que um Porsche pode causar, e dos motoristas reclamando do chilique da mulher, achei este comentário apropriado e útil.

     Grata pela leitura.      

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Peixe Fora D'água


É que, para começar,

Nada vale comparar

E o lume sequer está aceso,

Mas pescar traz esse peso


Peixe Fora D'água













domingo, 12 de maio de 2024

Às Mães

Às Mães


Toda mãe seja abençoada,

Que Deus ilumine e guie

Nessa conversa dourada

À luz, e que se inicie


Uma nova temporada

De fé, louvor que se fie

Num amanhã, esperançada

No que pode ser, que crie


O ânimo, mas temperada,

Para que seja e sacie

Durante essa caminhada

A necessidade. "Oh, Pie"*



*Depende da leitura: em Latim: Piedade; em Inglês: Torta - doce.    

Para Espalhar

      Um senhor conta que está com diabetes, mas que não tem preocupação, e diz que quando piorar, toma insulina e pronto. Ele está com medo de ir ao médico e dos efeitos colaterais dos remédios. Amigo: AÇÚCAR NÃO. Remédio para diabetes é tentativa e erro, e se der efeito colateral, muda a medicação. AÇÚCAR, NÃO. Um médico Clínico Geral pode tirar o medo e ajudar.

     As pessoas não sabem. Tem medo do que não precisa temer.    

     Para que os leitores espalhem. Grata.

sábado, 11 de maio de 2024

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Violino Distante

Violino Distante


Distante, essa melodia

Antiga, celta ou cristã,

O seu refrão repetia

Numa oração, nunca vã,


E um violino em parceria

Repercute uma manhã

 Ao violoncelo. Supria

A necessidade sã


Da alma a essa sua alquimia,

A qual se faz castelã

De um tempo sem magia

E sem gosto de hortelã.

 

  

quarta-feira, 8 de maio de 2024

Apelando para a Criatividade

Apelando para a Criatividade


Criar é pensar,

Reconhecer

E desenhar

Ou não escrever,


Estar e restar

Nesse querer

Comunicar,

Mas antes ser


O que mostrar

A se fazer

Quando encontrar

Esse mover.


 

terça-feira, 7 de maio de 2024

Muita Gente

Muita Gente


Quanta gente invisível

E essa multidão fala,

Mas muito incompreensível

Em meio ao todo que cala,


Quando está inacessível,

E tudo o que tem é a pala.

Camisa inacessível

Perdida numa vala


Que o rio e a chuva horrível

Deixou, e porque ainda abala

A multidão sensível

   E que contrói a ala.  

domingo, 5 de maio de 2024

sábado, 4 de maio de 2024

Dois Pontos

Dois Pontos


Desenho desencontrado

Harmonioso ligado

A individualidade

Na sensibilidade


Individual; o lado

 Criativo imaginado,

Única atualidade

D'alma, em sua verdade


Do instante paginado

De traço e risco eivado

De subjetividade,

É a arte nessa vontade.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Preciosidade

Preciosidade


Poema de cabeceira

Se folheado, é a seresteira

Composição de ninar,


Pela luz alvissareira

Longe d'uma prateleira,

Onde estava a ensimesmar,


Sem a imagem costumeira,

Dobrado a poetizar. 

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Folhas de Outono

Folhas de Outuno


As folhas secas vêm ao chão,

E raro é a presença ao momento

Exato da nova estação.

As folhas no tempo, e a armação


Delicada de uma emoção

Que surpreende num movimento

Que lembra a revoada e a canção

Buscada no aperfeiçoamento


Contínuo, suada mão a mão,

E quão belo é esse distraimento,

Porque suave é a condição

Sensível de um descobrimento.   

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Filosofia Avulsa

Filosofia Avulsa


A vã filosofia

Que se faz todo dia

É a noite e a brevidade,


Que amanhã é um novo dia,

Que fará nova a via,

Mas em continuidade


Ao que já se sabia;

Nova é a maturidade.