O Templo Maldito
Terezinha, três anos e meio de idade, na escolinha maternal. A mãe pensou que a escolinha do templo fosse bom para uma menina que desejava fosse bem educada.
Um dia, em sala, Terezinha pediu um copo de água para a professora.
_Saia e vá buscar, Terezinha, É só subir a escada.
Terezinha não sabia as palavras. Subiu as escadas e andou por enormes corredores, andou e andou e não via nada.
De repente viu uma cozinha grande. Nela estavam o religioso e algumas pessoas.
Ela se dirigiu a uma das mulheres e disse, do jeito que falava:
_Ata.
A mulher respondeu:
_O que foi, menina?
Ela insistiu:ata.
A mulher sorriu e não deu água nenhuma.
O religioso disse:
_Que criança bonita. De quem é?
Ninguém sabia de quem era a criança.
A menina pensou na mãe e disse mãe e saiu andando para voltar a sala de aula.
Voltou às escadas e aos corredores.
As moças faziam orações.
Ela queria saber onde era a sala, mas não sabia falar.
Andou e andou e parecia que as moças a ignoravam e continuavam fazendo orações.
Cansou, sentou na escada e pôs-se a chorar.
Passaram-se algumas horas naquela escada. Ela chorou, desmaiou, acordou com as mãos de uma mulher que a levou para fora do lugar.
Lá fora a sua mãe gritava e pedia pela polícia para que encontrasse a sua filha.
Quando a menina viu a mãe,ela chorou aos berros, abraçou a mãe e agarrava-se aos seus cabelos e disse que queria ficar com ela, na linguagem que sabia falar, abraçando, chorando e agarrando a mãe com pavor daquela gente estranha.
A mãe a levou ao médico, que verificou se a menina não tinha sido agredida fisicamente.
O médico brincou, acalmou, deu água à mãe, e água e docinhos próprios para crianças pequenas.
As duas só saíram do consultório depois que o médico restabeleceu a tranquilidade delas.
_Eu vou prescrever uma receita para a menina. A senhora me prometa que irá medicar imediatamente.
A mãe prometeu ao médico que sairia dali e providenciaria a medicação antes de ler a receita.
O médico escreveu e deu à mãe:
Na receita estava escrito:
"Tire imediatamente essa menina dessa escola e não a coloque em escola nenhuma antes dos cinco anos para que ela possa se queixar da escola".
O médico olhou bem para a mãe da menina e diagnosticou:
_Se a senhora não entendeu, tentaram roubar a menina.
Um comentário:
Uma séria reflexão à modernidade de se jogar para a escola, a responsabilidade de se criar filhos... Infelizmente!
Abraço.
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