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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dia de Finados

Dia de Finados

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São curiosidades que talvez causem estranheza a todas as outras pessoas, mas músico não tem dia para se esquecer da música ou deixar de praticar o seu instrumento. Como todos sabem a música é imortal, não morre e a homenagem aos mortos no Dia de Finados é tocar, assim como para os cantores é cantar.

Hoje em dia as rádios não fazem mais programações especiais nesse dia, mas quando eu era garota, as rádios montavam programações caprichadas e, em sendo saudade, porque não lembrar um programa de rádio que fez homenagem às cantoras Dalva de Oliveira e Carmem Miranda, ambas falecidas e com uma discografia memorável. O programa durou a tarde inteira e não cansei de ouvir.

Por certo que é dia de se homenagear os familiares e amigos que já pariram dessa vida, mas com saudade boa, dos bons momentos e até das histórias pitorescas contadas por aí. Havia uma senhora que no Dia de Finados tomava uma cerveja porque ela pediu ao marido para parar com os churrascos e as cervejadas dos finais de semana, dizendo ao marido:

_Eu juro que, se você morrer pelos excessos de fim de semana, em sua memória, as saudades serão mostradas de forma diferente. Beberei cerveja no Dia de Finados!

O marido não parou, mas também não morreu muito novo: 67 anos. No ano seguinte, ela se lembrou do que havia jurado. Com remorso por ter jurado em vão e, pedindo desculpas ao marido, tomou uma garrafa de cerveja em todos os anos posteriores ao falecimento dele.

Outra história pitoresca é a do marido, que em vida, pediu à mulher e aos familiares que não fossem ao cemitério nesse dia. A mulher, de espírito independente, não o obedeceu. Fez a visita e levou flores, quase para mostrar a discordância dessa vontade do marido. Na saída, pegou uma rua vazia para se sentir à vontade para ficar triste, mas se perdeu e começou a dar volta em círculos acabando com o carro sem gasolina. Teve que abastecer no posto indicado pelos transeuntes e perguntava a eles:

_Que bairro é este?

Os transeuntes chegaram a perguntar de onde ela era depois de passar pela quarta vez em frente à mesma escola para pedir informações. Foi quando ela parou o carro e fez a oração ali mesmo:

_Meu amado, onde quer que você esteja e com a permissão do Senhor Deus, por favor, me leve de volta a um lugar conhecido. Desculpe por não ter te escutado, prometo que não faço mais isso, sei que você era espiritualista e pensava que era atraso de vida agir assim. No ano que vem vou ao cinema viajo, dou-te a minha palavra.

A mulher conseguiu entrar numa cidade vizinha nessas andanças de automóvel, pegou a estrada vicinal, que, no entanto, era bem sinalizada, e voltou para a casa dela.

Os músicos tocam música, não necessariamente réquiens ou marchas fúnebres ou lamentações, tocam o que combina com o seu estado de ânimo em acordo com a data.

Agora, o que tem a haver as histórias com os músicos? É que todos esperam por eles nas celebrações mais bonitas e amanhã, dia 2 de novembro, muitos deles estarão em função.

Boas meditações a todos e bom feriado aos que viajam.

6 comentários:

Unknown disse...

E tudo se adapta aos tempos de agora.
Quem morreu, morreu...ninguém tem culpa de nada.

Estes dias foram grandes pelo sentido de os recordar a todos quer santos ou não, mas cada pessoa apenas recorda os seus...indiferente aos outros que o tempo apagou...

Célia disse...

Olhe Yayá... também não curto muito visitas a cemitérios... Prefiro a reflexão, uma boa música, podendo ser "Canon in D"... recordando os bons momentos com meus queridos que me aguardam, com certeza!
Bj. Célia.

Eloah disse...

Belo texto Yayá!
A morte sempre nos choca pelo definitivo, mas lembrar ou reverenciar um ente amado que já se foi não deve ser de dor, mas de boas lembranças.
Bjs Eloah

AquilesMarchel disse...

nao gosto de cemiterios ou dia de finados
mas de musica sim

Anônimo disse...

OI Yayá!

Eu só irei em um cemitério quando me levarem rsrsrsrs e espero que demore bastante!

Voltei, abração, volto!.

Carla Brito disse...

Pena que nunca mais vamos poder festejar o feriado da mesma forma!