As Adolescentes
Thriller Antitabagista
Duas amigas, Shirley e Taciane, ambas com dezessete anos e quase dezoito resolveram fumar escondido. Os cigarros arrumaram com o Tibério que tinha dezoito anos e comprou um maço de cigarros para as duas.
Tinha festa de aniversário no sábado, ambas iriam juntas e as mães não só deixaram, como compraram presentes para que elas entregassem ao aniversariante.
As garotas combinaram de passar em frente ao Cemitério Municipal para fingirem ir a qualquer velório e fumarem à vontade, não tinham nenhum conhecido por lá. Elas tinham a aparência de dezoito, ninguém iria desconfiar de nada. Elas não queriam ser descobertas por ninguém, apenas o Tibério sabia para arrumar a desculpa ao atraso à festa de aniversário conversando com elas pelo telefone celular e inventando a desculpa.
_Eu não gosto disso, disse a Taciane para a Shirley.
A Shirley gostava de filmes de horror e estava se divertindo com o medo da amiga.
Chegando ao Cemitério Municipal, rezaram e pediram desculpas pela atitude.
_Como se adiantasse pedir desculpas!
Eram quinze para a meia-noite quando se acendeu a luz de uma das capelas. O carro funerário chegou e deixou um caixão dentro da sala.
_Xiiii! Chegou gente, começo a não me sentir bem.
Nesse ínterim chega a funcionária do cemitério e pergunta se elas podem ficar na sala enquanto a família do defunto não chega.
_Nem pensar, disse a Taciane.
A garota foi embora, quase correndo. Se a Shirley não a detivesse elas poderiam se confundidas com marginais.
_Você está se arriscando, Taciane. Nós temos festa para ir, o vestido preto não justifica nenhuma corrida. Vamos tropeçar nos saltos! Cuidado, amiga.
Uma quadra depois, Taciane estava se acalmando. Acendeu outro cigarro, o primeiro ela deixou cair na fuga.
No que acendeu o cigarro, um moço louro de olhos azuis e cabelos encaracolados para as amigas na rua.
_Fumando, que absurdo! Vocês não sabem que o cigarro faz mal à saúde, faço parte da campanha antitabagista, vamos conversar?
Que conversar, que nada. Elas saíram correndo sem sequer perguntar quem era o moço.
_Cigarro caro este, disse a Taciane para a Shirley.
O Tibério ligou e pediu a elas que não se demorassem mais, que viessem à festa imediatamente. Elas que fossem fumar no cemitério noutro dia! Ele estava ficando sem conversa para explicar sobre as duas.
Estão andando a pé, à noite, em ruas desertas. Passa um malandro e furta o telefone celular da Shirley.
_Pode levar, faça bom proveito. Por favor, nos deixe ir embora, que a minha avó pode ter um treco se demorarmos em chegar a casa, disse a Shirley.
Moças bonitas, malandro novo, o truque deu certo.
_Ainda bem que foi o seu celular que ele levou, eu não tenho como comprar outro, disse a Taciane.
Chegaram à festa, deram os presentes e não foram perdoadas. A mãe do aniversariante ligou para a mãe das moças e avisou que elas se encontravam com rapazes às escondidas. Um dos pretensos namorados era louro, de olhos azuis e cabelos encaracolados; o outro trajava calças e camiseta preta e boné virado de lado.
3 comentários:
Quem anda á chuva ...Molha-se
Beijo.
Às vezes fazemos coisas sem pensar e sem medir as consequências e depois o resultado é esse aí descrito.
BJ**
A inconsciência da juventude...
Belíssimo texto. Um alerta!
Beijos.
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