Seca
Homem seco, o agir
Duro, milho empedrado,
Cactos d’água a tomar,
Gado morto, o curtir;
Triste espera. Enrugado,
Resta amor ao lugar.
Cava poço, um luzir;
Fruta-pão: o que é roçado
Quando há? Seu jantar
Todo dia há por vir.
Sonha só o alagado,
Chuva cheia de aguar.
Venha à chuva, cair!
Seca, pés no rachado.
Venha a terra molhar
Nuvem densa a fugir;
Casa, taipa, telhado...
Oh! Sertão e luar!
Um comentário:
adorei seu poema,nos faz lembrar do Nordeste Brasileiro e do livro Vidas Secas,continue escrevendo sempre coisas bonitas.
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