Artificial / Comentário
Recebo mais uma pesquisa a ser respondida para um avatar da inteligência artificial.
Não responderei.
Há um exagero no uso de tal artifício. Se for para elaborar publicidade dirigida, pior ainda.
Aquela pesquisa em que pede uma avaliação do atendimento através de nota, penso que é válida.
No entanto, pesquisa sobre hábitos de consumo, nem respondo.
No mês passado recebi a recomendação de pensar em mim, me cuidar e me avaliar física e espiritualmente.
Estou fazendo o possível para fazer o dia a dia saudável, e com ânimo.
Estou evitando de fazer ligações para lugares cuja resposta é: diga uma palavra sobre o assunto do seu interesse, que redireciono a sua ligação.
O mundo digital tem seus limites.
Um mundo feito de respostas por marcar a pergunta correta, e respostas que não correspondem ao interesse da pergunta, elevado ao potencial do interesse lucrativo de uma empresa, chega a ser irracional.
Se a inteligência é artificial, ela corresponde a um mundo artificial, no sentido de ser repleto de artifícios que tomam o tempo do consumidor.
Penso que é prejudicial a convivência em sociedade esse exagero artificial.
Prefiro o supermercado, onde as expressões são legítimas e esclarecedoras, portanto satisfatórias.
Por estes dias, perguntei qual era a mexerica e qual era a morgote, e o menino foi perguntar para a supervisora e me auxiliou na decisão da compra.
Igualmente no domingo passado, fiquei feliz ao ouvir espontaneamente de um garoto que não comeria até chegar em casa, pois faziam um churrasco no Dia dos Pais.
A naturalidade e precisão humana superam em muitos aspectos a inteligência artificial.
O ser humano tem como útil as ferramentas tecnológicas. O problema é que não se pode substituir o ser humano pela tecnologia quando o assunto é convivência.
Deveria haver um limite para o uso da inteligência artificial, até mesmo por vontade individual de se contatar com o próximo, com qualidades e defeitos humanos, afinal somos humanos.
Grata pela leitura.
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